Novas observações de aeronaves de pesquisa indicam que o Oceano Antártico absorve mais carbono da atmosfera do que libera. O estudo indica que é a região é um forte sumidouro de carbono e um importante amortecedor para os efeitos humanos pela emissão de gases de efeito estufa.
Pesquisas e modelagens anteriores deixaram os pesquisadores incertos sobre quanto dióxido de carbono (CO 2 ) atmosférico é absorvido pelas águas frias que circundam o continente Antártico.
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No estudo apoiado pela Nasa, publicado na "Science" em dezembro, os cientistas observaram o dióxido de carbono atmosférico a partir de aeronaves e demonstraram que o fluxo líquido anual de carbono naquele oceano é grande, com maior captação no verão. Eles descobriram que as águas da região absorvem cerca de 0,53 a mais petagramas (530 milhões de toneladas métricas) de carbono do que liberam a cada ano.
Quando as emissões de dióxido de carbono causadas pelo homem entram na atmosfera, parte do gás é absorvida pelo oceano. Parte disso é devido à ressurgência de água fria do fundo do oceano. Uma vez na superfície, a água mais fria e rica em nutrientes absorve CO2 da atmosfera — geralmente com a ajuda de organismos fotossintetizantes chamados fitoplâncton — antes de afundar novamente.
Muitos estudos anteriores sobre o fluxo de carbono do Oceano Antártico basearam-se em medições da acidez do oceano — que aumenta quando a água do mar absorve CO 2 — obtidas por instrumentos flutuantes à deriva.