O Ibama concedeu, na última segunda-feira (26), a licença ambiental que autoriza intervenções no rio Tocantins, viabilizando a navegabilidade de sua hidrovia, considerada estratégica para o transporte sustentável entre o Centro-Oeste e o Norte do Brasil. A licença permite a realização do derrocamento do Pedral do Lourenço, formação rochosa de cerca de 40 quilômetros que limita o tráfego seguro de embarcações de carga.
O ministro de portos e aeroportos, Sílvio Costa Filho, celebrou a medida como um marco histórico com impacto positivo tanto no desenvolvimento socioeconômico do Centro-Norte quanto na redução de emissões de gases de efeito estufa. A obra é vista como essencial para o cumprimento das metas do Acordo de Paris, especialmente em um ano marcado pela realização da COP 30 no Pará.
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A hidrovia se estende por mais de 1.700 quilômetros entre Peixe (TO) e Belém (PA), mas sua eficiência é comprometida pelo trecho rochoso. Segundo o secretário de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, a avaliação ambiental considerou os impactos positivos da redução do tráfego rodoviário e das emissões.
Localizada na maior região produtora de grãos do país, a hidrovia do Tocantins tem potencial para se tornar um dos principais corredores logísticos do Brasil. Com a conclusão do derrocamento e da dragagem, a expectativa é de movimentar mais de 20 milhões de toneladas por ano.