Incêndios são uma das maiores questões de segurança para a indústria marítima

Embora as perdas na navegação tenham diminuído pela metade na última década, os incêndios a bordo dos navios continuam entre os maiores problemas de segurança para a indústria marítima, como demonstrado pelos incidentes desta semana envolvendo o navio ro-ro "Felicity Ace cargo", que pegou fogo no Atlântico enquanto transportava milhares de carros e o incêndio do ferry de passageiros Euroferry Olympia ao largo da costa da Grécia.

Análise do relatório anual da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), Safety & Shipping Review, mostra que o número de incêndios a bordo de grandes embarcações aumentou significativamente nos últimos anos. Houve um recorde de 40 incidentes com incêndios relacionados à carga somente em 2019 ou um a cada dez dias. Em todos os tipos de embarcações, o número de incêndios/explosões que resultam em perdas totais foi de 10 incidentes no final de 2020 — representando cerca de uma em cada cinco perdas totais em todo o mundo.

"A indústria naval viu seu histórico de segurança melhorar significativamente durante a última década com o número de perdas totais agora em mínimos históricos", diz o Rahul Khanna, diretor global de Consultoria de Risco Marine da AGCS. "No entanto, incêndios em porta-aviões, balsas roll-on/roll-off e navios porta-contêineres, entre outros, continuam como as principais preocupações do setor, como demonstrado pelo recente aumento de incidentes", afirma o executivo.

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Os navios de carga são responsáveis por 40% das perdas totais na última década, 348 de um total de 876. Os navios de passageiros/cruzeiro representam menos de 10%, ou 69 de 876.

Incêndios a bordo de navios são a quinta maior causa de incidentes de navegação em todo o mundo. Segundo o relatório da Allianz, houve mais de 1,7 mil incidentes reportados na última década em todos os tipos de navios, o que representa cerca de 7% desses incidentes.

Os incêndios de navios muitas vezes começam em contêineres, o que pode ser o resultado de não-declaração ou declaração incorreta de cargas perigosas, tais como produtos químicos e baterias. Quando mal declaradas, estas podem ser inadequadamente embaladas e estivadas a bordo, o que pode resultar em ignição e/ou complicar a detecção e combate a incêndios. Quanto maior o número de contêineres a bordo, maior a probabilidade de que pelo menos um possa inflamar e causar um incêndio.

Outro fator que contribui é a capacidade de detecção e combate a incêndios em relação ao tamanho da embarcação. As embarcações ficam cada vez maiores a cada ano e grandes incidentes têm mostrado que incêndios podem facilmente sair de controle e resultar no abandono da embarcação pela tripulação por motivos de segurança.



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