A Capitania dos Portos do Ceará (CPCE) e a Companhia Docas do Ceará irão colocar mais uma linha de barreira em torno do navio Seawind para evitar que o óleo se espalhe pela orla. A decisão foi tomada após reunião do Gabinete de Crise realizada, neste sábado, para avaliar a situação da embarcação, que afundou na última sexta-feira.
Em nota, a Capitania dos Portos informou que foi observada uma pequena mistura de óleo retida no perímetro de contenção da embarcação. As novas medidas de contenção foram necessárias por causa do estado do mar e vento na região.
Sobre a segurança da navegação, a nota da Capitania esclarece que um trabalho de alerta está sendo feito para os navios que se destinam aos portos de Fortaleza e Pecém. “Além da expedição de um Aviso-Rádio Náutico, a CPCE instalou um sinal luminoso na superestrutura do Navio Mercante, que se encontra acima d’água, para alertar aos navegantes no período noturno”
A embarcação iniciou com um alagamento e teve o afundamento decretado na última sexta, 29.
Um avião da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) realizou um sobrevoo por volta das 9 horas de sábado, e confirmou uma pequena mancha de óleo dentro da barreira de contenção.
Foi aberto um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação para se buscar as razões para o navio ter afundado. O resultado deve sair em 90 dias.
O chamado Gabinete de Crise é um grupo instituído sob a coordenação da Autoridade Marítima e com a participação da Companhia Docas do Ceará, Petrobras, Procuradoria Regional do Trabalho da 7ª Região, Advocacia Geral da União, Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Semace, Corpo de Bombeiros e Praticagem.
A embarcação, carregada com granito, estava ancorada no litoral de Fortaleza há cerca de um ano, na área do porto organizado do Mucuripe, por questões de competência da Justiça do Trabalho. A embarcação servia de garantia para a dívida trabalhista da empresa para com os tripulantes.
Fonte: O Povo Online (CE)
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