Uma equipe de inspeção naval da Marinha do Brasil realizou nesta quinta, 31, vistoria nas embarcações utilizadas no tráfego aquaviário de passageiros, entre Rio Grande e São José do Norte. Durante a ação, foram avaliadas as condições de conservação e segurança oferecidas pelo transporte.
Durante a terceira vistoria técnica da Marinha, realizada nesta semana, a embarcação "Betânia" teve cancelado o certificado de permissão do serviço de travessia. Mais de 100 irregularidades foram verificadas pela equipe, que identificou diversos indícios de que a estrutura estaria em condição crítica.
A Superintendência da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional - Metroplan, encaminhou o coordenador regional, Mario Ribeiro, para acompanhar a inspeção junto à Marinha. De acordo com o representante da Metroplan, que acompanhou a ação, a visita foi motivada em virtude do incêndio de outra lancha, a "Princesa Diana", no início desta semana.
Ainda está programada a inspeção em mais dois transportes hidroviários, a "Noiva do Mar" e a "Dona Armandina". De acordo com o capitão-dos-portos Sergio Luiz Correa, tudo indica que no total três embarcações têm condições de permanecer na travessia.
A primeira embarcação a ser vistoriada pela equipe foi a "Princesa Diana", que já está impedida de trafegar. A lancha denominada "Mara", segunda a ser inspecionada, apesar de ter recebido recomendações, não apresentou características impeditivas e continuará em serviço.
Para garantir a segurança dos usuários, o trabalho em todas as embarcações de passageiros está sendo feito por um grupo especial de inspeção . “É uma equipe especializada em fazer esse trabalho de vistoria, inclusive em navios mercantes. É um grupo bem mais técnico do que uma inspeção normal”, informou o capitão-dos-portos.
Segundo ele, está agendada para a próxima semana uma reunião, em Porto Alegre, na Metroplan, para discutir a questão. Caso o número de lanchas não supra a demanda local, será analisada a necessidade de se disponibilizar outras embarcaçôes em condições de uso. A Capitania dos Portos informa também que será divulgada nota oficial de esclarecimento à comunidade, sobre as razões que levaram a Marinha a retirar de circulação as embarcações.
Fonte: Jornal Agora (RS)/Thaise Saeter
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