Comandantes do 5º DN e dos GTs da operação conversaram com a imprensaUma coroa de flores foi colocada em frente ao Panteão de Tamandaré
A 52ª Operação Unitas LII-2011, da qual participaram as marinhas do Brasil, Estados Unidos, Argentina e México, foi encerrada nesta segunda-feira, 09, em Rio Grande. O exercício vinha ocorrendo desde de 19 de abril na Amazônia Azul brasileira e trouxe a Rio Grande 11 navios de guerra das Marinhas participantes, sendo que dez atracaram no porto rio-grandino e um (norte-americano) ficou fundeado fora da Barra. Na manhã de ontem, os comandantes dos Grupos Tarefas (GTs) das quatro marinhas, acompanhados do comandante do 5º Distrito Naval (5º DN), vice-almirante Sergio Roberto Fernandes dos Santos, colocaram uma coroa de flores junto ao Panteão Tamandaré. Localizado em um dos recantos ajardinados da sede do Comando do 5º DN, o Panteão é um monumento arquitetônico que homenageia e abriga, desde 1994, os restos mortais do Almirante Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil e rio-grandino.
Posteriormente, em entrevista coletiva à imprensa, falaram sobre a operação o vice-almirante, o comandante da 1ª Divisão da Esquadra, contra-almirante Carlos Augusto de Moura Resende, e os comandantes dos GTs norte-americano - Marc Weeks, argentino - Luis Lopes Mazzeo e mexicano - José Barradas Cobos. Conforme o comandante do 5º DN, o encerramento da Unitas 2011 ocorreu em Rio Grande por reconhecimento à relevância do Município no aspecto econômico, ao crescimento que nele vem ocorrendo devido às suas relações com o mar (Amazônia Azul), ao Polo Naval e investimentos no porto. Também pelos laços históricos que à cidade unem a Marinha brasileira, que tem um rio-grandino como seu patrono. O contra-almirante Resende, também comandante do GT multinacional, destacou que a Unitas foi muito importante, pois foram realizados desde exercícios básicos até os de alta complexidade.
"O importante da Unitas é o intercâmbio de conhecimentos", salientou Resende, acrescentando que a operação também foi uma oportunidade para a Marinha brasileira observar equipamentos utilizadas pelas estrangeiras. Um destes é o helicóptero SH-60 Seahawk, que foi usado pelo GT norte-americano. Segundo ele, a Marinha do Brasil está adquirindo este tipo de helicópteros, sendo que as primeiras unidades serão recebidas no segundo semestre deste ano. O comandante do GT norte-americano, Marc Weeks, também afirmou que a Unitas é um exercício muito importante para os Estados Unidos, pois oportuniza a operação com 10/12 navios de guerra de Marinhas internacionais utilizando práticas de interoperabilidade nos exercícios de guerra clássicos.
Marc Weeks recebeu a notícia da morte de Osama Bin Laden durante a Operação Unitas. Ele observou que desde o 11 de setembro de 2001 foram adotadas medidas de segurança, como o ISPS Code, e os cuidados agora só foram intensificados com medidas de precaução necessárias. Também agradeceu a Marinha do Brasil pela maneira como foi tratada a questão da segurança. "Estamos muito confortáveis aqui em relação à segurança", ressaltou. Os navios norte-americanos deixariam o Porto do Rio Grande ainda hoje. A partir do próximo dia 13, a Marinha brasileira participa, junto com a Argentina, da 39ª Operação Fraterno, que ocorre desde Rio Grande até Mar del Plata.
Fragatas
Nesta terça, quarta e quinta-feira, as fragatas brasileiras Bosísio e Niterói, que estão atracadas no cais do Porto Novo, estarão abertas à visitação pública das 14h às 17h.
Fonte: Jornal Agora (RS)/ Carmem Ziebell
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