Ministério iniciará estudos para o plano hidroviário no próximo ano
Autoridades e especialistas debateram ações para desenvolver o setor hidroviário nacional
O diretor de Planejamento e Avaliação da Política de Transportes do Ministério dos Transportes, Francisco Luiz Baptista da Costa, informou nesta terça-feira (15) que no início do próximo ano o ministério inicia os estudos para lançar o Plano Hidroviário Estratégico. "Vamos investigar as hidrovias prioritárias e analisar junto com a Agência Nacional de Águas (ANA) a nova estratégia de desenvolvimento do transporte aquático, até para articular a construção de novas hidroelétricas com eclusas para possibilitar a navegação", afirmou.
Francisco Costa participou do seminário “Portos e Vias Navegáveis: um olhar sobre a infraestrutura”, promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional, com o apoio da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Segundo Costa, a ideia é realizar um projeto similar ao estruturado para o modal ferroviário. Ele lembrou que no ano passado foi publicada uma lei que inclui no sistema nacional de viação uma nova estrutura, com cerca de 15 mil quilômetros de ferrovias. De acordo com ele, as novas linhas serão todas de alta capacidade, "com bitola larga".
O novo trajeto ferroviário vai ser uma extensão da Ferrovia Norte-Sul. No Norte haverá um ramal até Belém (PA) e, no Sudeste, será construída uma ligação até São Paulo. "Dessa forma vamos ligar a malha de altíssima capacidade no Norte, em Carajás, com a malha do Sudeste - mineira e paulista", explicou Francisco Costa.
Hidrovias
O diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Herbert Drummond, adiantou que há previsão de "obras importantes" para desenvolvimento da malha hidroviária no próximo governo. Segundo ele, somente para o Programa nacional de dragagem e sinalização, estão previsto investimentos de R$ 320 milhões.
O diretor do Dnit afirmou ainda que estão sendo construídos terminais hidroviários em "praticamente em todas as cidades de porte médio da Região Norte". Drummond destacou também a obra de derrocamento e dragagem do Rio Tocantins. Segundo ele, serão feitos em torno de 700 mil metros de derrocamento para dar acesso à hidrovia do rio.
O diretor ressaltou também a construção de um terminal multimodal em Marabá (PA), a dragagem do São Francisco, em caráter experimental, o lançamento do edital, no início do próximo ano, para a construção da eclusa de Estreito e a retomada da eclusa de Lageado, que são interligadas.(Fonte: Agência Câmara/Saulo Cruz)