A Organização Marítima Internacional (IMO) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) reiteram os apelos aos governos para permitir mudanças na tripulação e assegurar a troca de tripulantes. O objetivo é garantir que os marítimos tenham acesso à documentação e às opções de viagem para poder voltar para casa com segurança.
"A dependência mundial do transporte marítimo torna mais importante do que nunca manter os navios em movimento, os portos abertos e o comércio transfronteiriço fluindo e apoiar as trocas de tripulações", disseram as entidades das Nações Unidas em comunicado conjunto.
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Estima-se que, a partir de meados de junho de 2020, cerca de 300 mil marítimos por mês necessitem de vôos internacionais para permitir a troca da tripulação dos navios — cerca da metade viajará para casa de avião para repatriação, enquanto a outra metade embarcará. Atualmente, esse processo é dificultado pelas restrições de viagem impostas devido à pandemia do Covid-19. Mas, para cumprir os regulamentos internacionais de segurança e emprego, e também por razões humanitárias, as trocas de tripulação não podem ser adiadas indefinidamente.
O transporte marítimo depende dos 2 milhões de marítimos que operam os navios mercantes do mundo, que transportam mais de 80% do comércio global em volume. O transporte marítimo move os alimentos, energia e matérias-primas do mundo, além de bens e componentes manufaturados, e é vital para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade.
As trocas de tripulações são essenciais para a continuidade do transporte de maneira segura e sustentável.