O presidente do Sindicato das Empresas de Navegação (Syndarma), Hugo Figueiredo, afirmou ao Monitor Mercantil que a falta de oficiais na Marinha Mercante chegou a um nível insuportável.
"Há casos de navios que ficam parados no cais à espera de se completar a tripulação", revelou. Segundo Hugo, isso pode levar a um apagão, que afetaria o apoio marítimo, área na qual atuam barcos de apoio a plataformas de petróleo, sendo esse um setor essencial para a economia nacional, em razão do pré-sal. A cabotagem também seria atingida.
Até que volte a se registrar equilíbrio no mercado, o Syndarma propõe que se suspenda, por certo período, a participação de pessoal nacional em navios estrangeiros que atuam na costa brasileira.
Outra medida seria aplicar-se legislação já existente, mas não usada, pela qual navios do Registro Especial Brasileiro (REB) podem trafegar com apenas comandante e chefe de máquinas brasileiros. Segundo o dirigente, esta é a prioridade máxima da armação nacional. Outro problema é o alto custo de operação, que impede a competitividade com navios estrangeiros, o que está sendo analisado na cúpula governamental.
Segundo o presidente do Sindicato dos Marítimos (Sindmar), Severino Almeida, não há perigo de falta de pessoal. Afirma que os navios já encomendados estão sofrendo atrasos e, quanto a novos contratos, o conselho do Fundo de Marinha Mercante não se reúne há mais de um ano e, portanto, não há novas obras a caminho. Após análise do Fundo, há necessidade de exame pelo agente financeiro, o que também exige tempo.
Fonte:Monitor Mercantil
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