Três levantamentos foram realizados em diferentes épocas do ano para captar possíveis sazonalidades na movimentação de passageiros. A movimentação anual de passageiros foi obtida pela média das três análises. A primeira coleta de dados foi realizada entre janeiro e março de 2011; a segunda, no período de junho a agosto de 2011; e a terceira, entre setembro a novembro de 2012.
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Conforme o levantamento, 50,9% dos passageiros são homens e 49,1%, mulheres. Em relação à faixa etária, 38,2% dos passageiros têm entre 18 e 30 anos; 24,8% (31 a 40); 17,8% (41 a 50); 10,8% (51 a 60); e 8,3% (61 a mais).
De acordo com o estudo, os usuários do transporte fluvial na Região Amazônica que não tiveram acesso à educação formal ou que tendo frequentado a escola não foram além do ensino fundamental somam 38,7%. Do universo pesquisado, 41,2% estudaram até o ensino médio completo ou não, outros 12,8% chegaram ao nível superior e 2,1% declararam ser pós-graduados.
Em termos de renda familiar, 16,3% dos entrevistados ganham menos de um salário mínimo por mês; 38% entre um e dois; 19,5% entre mais de dois e três; 12,1% de três a cinco; e 8% ultrapassam os cinco salários mínimos mensais. 6,1% não quiseram informar a renda. Levando-se em conta a movimentação de cargas, o trabalho informou que passam pela Região Amazônica cerca de 4,5 milhões de toneladas por ano. A projeção para 2022 é que esse número alcance 5,1 milhões de toneladas.
A área de abrangência do estudo compreendeu a Região Amazônica com foco nos principais estados geradores de fluxo fluvial: Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia. Foram analisadas 317 linhas, sendo 249 no transporte longitudinal estadual; 59 no longitudinal interestadual; e nove na travessia. O total de embarcações cadastradas foi 602. No entanto, foram caracterizadas 446.
— O estudo não se limitou a analisar o transporte de passageiros regulados pela Antaq. A pesquisa abrange, também, linhas intermunicipais, identificando as embarcações em operação e as instalações portuárias utilizadas. Isso permitirá uma visão ampla e integrada do transporte fluvial de passageiros”, diz o superintendente de Navegação Interior da Antaq, Adalberto Tokarski.
O estudo analisou, ainda, 106 terminais hidroviários de passageiros, sendo um em Rondônia; 11 no Amapá; 30 no Amazonas; e 64 no Pará. De acordo com a pesquisa, 81% das instalações apresentaram padrão “baixo” de qualidade; 15%, “médio”; e 4%, “alto”. Entre os critérios analisados estão: acessos, estacionamento de veículos, instalações, serviços, sala de embarque, área de atracação, entre outros.