O acordo com o armador omanense Asyad inclui a instalação de tecnologia de velas rotativas que tornará o Valemax o maior navio do mundo com sistema de propulsão eólica
A Vale assinou contrato com o armador de Omã Asyad para instalação de velas rotativas em um Valemax, o maior transportador de minério do mundo, com 362 metros de comprimento, 65 metros de largura e capacidade para transportar até 400 mil toneladas de carga. Essa tecnologia, desenvolvida pela fabricante britânica Anemoi, utiliza a propulsão eólica para proporcionar ganhos de eficiência energética e redução de emissões. As obras de adaptação do navio "Sohar Max" deverão ser concluídas no segundo trimestre de 2024, quando terão início os testes.
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Os cinco rotores cilíndricos do Valemax terão cerca de 35 metros de altura e cinco metros de diâmetro. Isso é o dobro da área de vento das velas utilizadas nos navios Guaibamax (que tem capacidade de 325 mil toneladas), permitindo ganhos de eficiência de até 6% e redução de emissões equivalentes de CO2 em até três mil toneladas por navio por ano.
O acordo para instalação de velas rotativas no "Sohar Max" é o sexto e último acordo planejado com a Asyad para pilotar tecnologias inovadoras em quatro navios fretados pela Vale. Projetos anteriores incluíram o uso de tinta de silicone para reduzir a resistência, a instalação de inversores de frequência para reduzir o consumo de energia elétrica e o uso de dispositivos hidrodinâmicos para melhorar a propulsão. Sistemas de coleta de dados em tempo real foram instalados em todos os navios para monitorar essas tecnologias. Essas ações de incorporação de tecnologias de ponta à navegação fazem parte do programa Ecoshipping, uma iniciativa de P&D criada pela área de navegação da Vale para atender ao desafio da empresa de reduzir suas emissões de carbono, em linha com as ambições definidas pela Organização Marítima Internacional (IMO). .
“A energia eólica terá papel central em nossa estratégia de descarbonização do transporte marítimo de minério de ferro”, afirma o gerente técnico de Navegação da Vale, Rodrigo Bermelho. “Além disso, todos esses projetos piloto de Ecoshipping produzirão informações valiosas para a próxima geração de navios Guaibamax.”
Como funcionam
Rotores cilíndricos giram para criar uma diferença de pressão a fim de mover o navio para frente, com base em um fenômeno conhecido como Efeito Magnus. A utilização desta tecnologia oferece a possibilidade de reduzir a potência e o consumo de energia do motor principal do navio quando as condições de vento são favoráveis, economizando combustível e mantendo a velocidade e o tempo de viagem.
