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Petrobras corta em quase 30% investimento para os próximos cinco anos

O quadro de incertezas devido à forte queda dos preços do petróleo no mercado internacional, agravado com a queda do consumo por conta da pandemia, levou a Petrobras a cortar em quase 30% os investimentos para os próximos cinco anos, atingindo um patamar semelhante ao de 14 anos atrás.

A estatal planeja investir US$ 55 bilhões no período 2021-2025, dos quais 84% (US$ 45 bilhões) nas atividades de Exploração e Produção de petróleo e gás (E&P). Esse volume de investimentos para os próximos cinco anos representa uma redução de 27% em comparação aos US$ 75,7 bilhões previstos no Plano de Negócios anterior de 2020-2024.

O atual montante também é próximo ao do plano de 2006-2010, para o qual a Petrobras planejou investimentos de US$ 56,4 bilhões.

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O plano para 2025 foi aprovado no fim da tarde de quarta-feira pelo Conselho de Administração da empresa. Segundo a Petrobras, do total de investimentos em E&P, cerca de US$ 32 bilhões (70%) serão destinados para os ativos do pré-sal.

Projeto viável com petróleo a US$ 35
“A alocação está aderente ao nosso posicionamento estratégico, com foco em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas, tendo em vista a qualidade do capital humano, estoque de conhecimento tecnológico e capacidade de inovar.”

De acordo com a Petrobras, para enfrentar os tempos difíceis de preços baixos do petróleo, somente foram aprovados projetos que sejam resilientes, ou seja, que sejam economicamente viáveis a um petróleo cotado a US$ 35 o barril.

De acordo com o novo plano de negócios, está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas de produção, todos em águas profundas e ultraprofundas.

A produção de petróleo e gás natural deve passar dos 2,75 milhões de barris diários em 2021 para 3,3 milhões de barris diários em 2025. Já a produção que a companhia prevê colocar no mercado é de 2,45 milhões de barris diários no próximo ano, chegando a 3 milhões de barris por dia em 2025.

Meta de dívida em US$ 60 bi
Em termos de produção, a redução em relação ao plano anterior foi relativamente pequena. No plano 2020-2024, a companhia previa atingir os 2,7 milhões de barris por dia neste ano e chegar a 3,5 em 2024.

Em nota, a empresa reafirmou que a redução da dívida e a desalavancagem financeira “continuarão a ser prioritárias, sendo a geração de caixa operacional e os desinvestimentos fundamentais para esses fins.” A companhia tem mais de 50 ativos em diferentes estágios do processo de venda.

De janeiro de 2019 a setembro de 2020, apesar dos impactos da Covid-19 e do choque do petróleo em 2020, a companhia reduziu a dívida bruta em US$ 31 bilhões. Está mantida a meta de atingir US$ 60 bilhões em 2022.

Para Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, o plano de negócios da Petrobras aprovado para 2021/25 está em linha com o plano anterior e reconhece o cenário ainda de incertezas em relação aos preços do petróleo .

Ilan destacou também como positivo o compromisso da companhia de reduzir as emissões de CO² e, principalmente, a meta de chegar em 2021 com uma dívida bruta de US$ 67 bilhões, o que representa uma queda de 15,8% em relação a 2020.

Quanto à redução de metas de produção, o especialista da Ativa destacou que, desta vez, foi "em menor intensidade na ponta curta", ou seja, em 2025.

— O movimento é a forma natural da companhia ajustar a produção diante da assunção de um cenário mais complexo — destacou Ilan Arbetman.

Fonte: O Globo



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