Receba notícias em seu email

Navalshore

PetroRio conecta campos e espera economizar US$ 50 milhões por ano

A PetroRio anunciou ontem a conclusão da conexão entre Polvo e Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, em um projeto que vai permitir à empresa reduzir em 41%, de US$ 120 milhões/ano para US$ 70 milhões/ano, os custos operacionais e, assim, alongar em mais quinze anos a vida econômica das concessões. Ao mesmo tempo em que a petroleira encerra um ciclo de investimentos na revitalização de Polvo, seu primeiro ativo operacional, a companhia se prepara para um novo projeto a partir de 2022: o desenvolvimento de um polo que unificará Frade e Wahoo, também na Bacia de Campos.

O presidente da PetroRio, Roberto Monteiro, disse ao Valor que o foco da empresa para 2021 é entregar o projeto de revitalização de Polvo. Depois de conectar o campo à Tubarão Martelo, numa só plataforma, a companhia espera retomar a operação do poço TBMT-8H, parado após falhas na bomba, e planeja conectar, até setembro, mais um poço ao sistema de produção. A expectativa é que os dois campos, combinados, produzam cerca de 20 mil barris/dia.


PUBLICIDADE



Em junho, a PetroRio produziu 32 mil barris/dia de óleo equivalente (BOE/dia), sendo cerca de 40% desse volume - ou 13 mil BOE/dia - oriundo de Polvo e Tubarão Martelo, até então separados. O restante vem de Frade, na Bacia de Campos, e Manati, na Bacia Camamu-Almada. A PetroRio tem capital pulverizado. Os fundos Aventti Strategic Partners (19,12%) e Truxt Investimentos (11,02%) são os únicos acionistas com mais de 5% das ações da empresa.

Com a conexão dos dois ativos, projeto que custou US$ 45 milhões, a petroleira dispensará a plataforma flutuante (FPSO) de Polvo, até então afretada da BW Offshore, e passará a operar com uma unidade própria: o FPSO Bravo, adquirido na ocasião da compra de Tubarão Martelo. Só a dispensa da embarcação alugada vai gerar economia estimada de US$ 36 milhões/ano.

O executivo acredita que o corte de custos do novo polo ajude a aumentar a vida econômica de ambos os ativos em mais de 15 anos, até 2037. Segundo ele, a ideia é que a conexão de Polvo e Tubarão Martelo funcione como um laboratório e que o conceito seja replicado em futuros projetos. “Fizemos uma entrega grande em Polvo e a partir de 2022 colocaremos o foco todo em Frade/Wahoo”, disse.

Esta semana, a PetroRio anunciou a contratação de uma sonda da Ocyan (ex-Odebrecht Óleo e Gás) para a revitalização de Frade e desenvolvimento de Wahoo - descoberta prevista para começar a operar no início de 2024 e que deve produzir 40 mil barris/dia.

O projeto de Frade/Wahoo exigirá investimentos de US$ 800 milhões, em duas fases, sendo uma primeira - de US$ 600 milhões - até o início da operação de Wahoo, e a segunda - de US$ 200 milhões - para 2025/2026, caso haja necessidade de injeção de água nos reservatórios.

Monteiro vê a petroleira com “caixa robusto” para financiar o plano de crescimento e eventuais oportunidades de aquisição. A empresa encerrou o primeiro trimestre com R$ 3,3 bilhões no caixa, após a oferta subsequente de ações de R$ 2 bilhões realizada no início do ano. “A companhia está bem equacionada sem ter de acessar o mercado de capitais”, disse.

A PetroRio concluiu neste ano a aquisição de 64,3% de Wahoo, junto às multinacionais BP e Total. Agora, conta Monteiro, a ideia é adquirir a fatia detida pela indiana IBV. “Nossa principal vontade, em termos de aquisição, hoje, continua sendo consolidar a participação de 100% em Wahoo. Os retornos desse projeto são interessantes, o preço já está dado”, disse. Ele cita ainda o interesse da empresa nos campos de Albacora e Albacora Leste, na Bacia de Campos, colocados à venda pela Petrobras.

Fonte: Valor






   Zmax Group    Antaq    Antaq
       

NN Logística

 

 

Anuncie na Portos e Navios

 

  Pesa   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira