A Assembleia Legislativa gaúcha aprovou ontem, terça-feira, 3, o projeto que propõe a extinção da Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Rio Grande. A proposição foi encaminhada ao Parlamento em regime de urgência pelo Executivo.
Para o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT), que manteve sucessivas reuniões junto à Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI) pelo fechamento da ZPE em favor de uma extensão do Distrito Industrial, a aprovação do projeto é fruto de uma proposição importante do governo: "Esta ação dá novas e boas perspectivas para a ocupação de uma área considerada nobre para a indústria oceânica, possibilitando a instalação de sistemistas que estarão fortalecendo a cadeia produtiva do Polo Naval, abrindo mais postos de trabalho, aumentando a competitividade e promovendo o desenvolvimento do Município, do Estado e do País", argumentou o petista.
Já Adilson Troca (PSDB) ocupou a tribuna para explicar a importância do tema para a comunidade local. A Zona de Processamento de Exportação do Rio grande foi criada em 1994, mas nunca se tornou funcional. Mudanças realizadas na legislação com o passar dos anos fizeram com que ela não fosse vantajosa para instalação de empresas. “O secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, nos falou da intenção de apresentar este projeto. Consultamos a comunidade e a Aliança Rio Grande. É consenso de que a extinção da ZPE e a consequente incorporação da área ao distrito industrial do Rio Grande é positiva para a cidade”, destacou Troca aos demais deputados. Ele acrescentou que Rio Grande passa por um momento em que a área da ZPE será melhor utilizada como distrito industrial. Troca acredita que poderão ser instaladas inclusive empresas relacionadas ao Polo Naval. “Temos certeza de que a aprovação deste projeto é positiva e conta com o aval da comunidade do Rio Grande”, concluiu.
A área de 547 hectares está localizada próxima ao terminal de contêineres e é uma das mais valorizadas para receber investimentos, em função da proximidade com as principais operações ligadas à expansão do Polo Naval. Desde que foi criada, em 1994, a ZPE não atraiu empresas interessadas em investir em unidades dedicadas exclusivamente à operação e, por isso, não era ocupada.
Fonte: Jornal Agora (RS)
PUBLICIDADE