A bancada federal reuniu-se ontem,quarta-feira (23), com o presidente da  Fibria, Marcelo Castelli, e com o superintende da Codesa, Clovis  Lascosque, para tratar de investimentos portuários no Estado. Além da  busca de aproximação, as discussões envolveram uma parceria público  privada (PPP) para a obras portuárias, e também a possibilidade de  parceria no cogitado projeto-piloto do porto de águas profundas no  Estado.  
 
 Castelli negou que a Fibria esteja distanciando-se do Estado após a  fusão com o Grupo Votorantim. Já Lascosque disse que em oito meses deve  estar pronto o estudo de viabilidade, incluído no PAC, para o porto de  águas profundas – a cidade-sede ainda é indefinida. “O governo federal  tem interesse de tocar este projeto adiante”, reiterou Lascosque, ao  frisar a necessidade do novo terminal, já que o calado dos portos atuais  não suportam navios acima de 330 metros. 
 
 Bancada e Codesa também trabalham para viabilizar a migração da  alfândega do Espírito Santo, vinculada ao Rio, para Minas Gerais, que  não tem porto. O projeto capixaba já está nas mãos do ministro Guido  Mantega e tem apoio dos governadores de Minas e do Rio.
 
 Uma câmara com empresários mineiros será criada para facilitar a  mudança, para agregar relação comercial com Minas num corredor de  importação e exportação ES-MG. Se a migração não for possível agora,  estuda-se criar um posto fiscal local para sanar os problemas de  burocracia que atrasam os navios.
 
 Aproveitando a ferrovia Vitória-Minas, produtos como milho de Goiás ou  automóveis montados em Minas seriam exportados via portos capixabas, e  não fluminenses. É importado por Vitória o trigo que vai para Goiás e  Brasília. O corredor, diz Lascosque, melhoraria o perfil de comércio  exterior do Estado e eliminaria problemas de armazenagem e de burocracia  para buscar documentações no Rio.
 
 Mesmo sendo o segundo Estado com mais arrecadação em comércio exterior, o  Espírito Santo só tem 150 fiscais na aduana, enquanto o Rio tem 1200  empregados e recebe com prioridade exportadores que saem do Espírito  Santo por problemas de calado, burocracia e armazenagem. O Estado também  precisa agilizar esse processo sob risco de ser “engolido” pelo porto  de Açu (RJ), de Eike Batista, que começa a operar em dois anos.
 
 Fonte:Gazeta Online(ES) Vitória/Rondinelli Tomazelli - De Brasília
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