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Banzeiros impedem operações no porto de Porto Velho há 4 dias

Os problemas decorrentes de fortes correntezas registradas no rio Madeira, que durante os últimos quatro dias  impediram as operações no porto de Porto Velho foram  comunicados à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquáviários),  Ministério Público Federal e Estadual, Ibama, Marinha e ANA (Agência Nacional de Águas).

O fenômeno está provocando prejuízos incalculáveis  e é atribuído a operações realizadas na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, localizada a  cerca de 8 quilômetros do terminal. A concessionária da usina nega a influência do empreendimento na mudança do comportamento do rio, mas é contestada por Bertollin. “O mesmo fenômeno já ocorreu em outras oportunidades nos últimos meses, mas quando a gente  conversa com os representantes do empreendimento, eles dão uma aula de hidrologia, mas não explicam o que está acontecendo Nós precisamos de uma solução para o problema. Precisamos saber se são passageiros ou permanecerão quando a usina entrar em operação”.

Para o presidente do Sindicato das Empresas de Navegação do Madeira, Raimundo Holanda, há evidências irrefutáveis da influência do empreendimento no problema que afeta a navegação. “Nós operamos há 36 anos no Madeira e nunca vimos nada parecido”, afirma.

De acordo com Bertollin, “a ANA (Agência Nacional de Àguas), que regulamenta a utilização das águas, não ouviu a Marinha, os armadores, a Sedam e o Ibama para licenciar o uso do rio para a construção do empreendimento”.

Segundo Raimundo Holanda, o presidente da Soph (Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia), que administra o porto de Porto Velho, Ricardo Sá, seguiria ontem para Brasília para pedir apoio dos senadores de Rondônia. “Na qualidade de autoridades portuárias, precisamos que os órgãos de fiscalização e os responsáveis pelo licenciamento da obra nos ajudem a resolver este problema que está impedindo a navegação em Porto Velho”, afirma Bertollin.

Pela hidrovia do Madeira são transportadas mercadorias equivalentes a 400 mil carretas por ano. Por ela, passam produtos como carne e leite que abastecem a população do Amazonas e a soja produzida no Mato Grosso.  O rio Madeira também é utilizado para transportar o combustível que abastece Rondônia, Acre e parte do Mato Grosso.

Fonte:Rondo Notícias/Ana Aranda






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