Um levantamento feito no porto de Paranaguá mostrou que apenas 4% da movimentação de contêineres aconteceu por cabotagem. No Brasil, dos 7,5 milhões de TEUs movimentados em 2008, 13% foram em operações de cabotagem. Souza afirma que mesmo com as vantagens comprovadas da cabotagem, como o baixo custo e a facilidade na interiorização, ainda há um baixo aproveitamento.
A Coamo Agroindustrial Cooperativa vê na cabotagem uma alternativa importante que deve ser incentivada para a movimentação de produtos. Segundo Airton Galinari, gerente da empresa, incentivos fiscais, menores custos operacionais e tarifas diferenciadas são opções para tornar a cabotagem competitiva. O valor do combustível pago por um navio que realiza uma operação de cabotagem, chega a custar o dobro que o pago por um navio que movimenta cargas em longo curso.
A cooperativa vem utilizando a navegação de cabotagem para transportar milho para portos do Nordeste brasileiro. A alternativa vem sendo usada para compensar a queda das exportações, em função do excesso de chuvas que comprometeu a colheita, do dólar em baixa no mercado internacional e dos estoques em alta à espera de preços melhores.
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