Os vereadores de Taubaté aprovaram no dia 15 projeto de lei de autoria do prefeito concedendo área de 773 mil m² no Piracangaguá à empresa Viaport Transportes Multimodais, que atua na área de logística e armazenagem de cargas e prevê criação de 1.500 empregos diretos e 500 indiretos no município.
“Acreditamos que vá gerar emprego e renda para o município”, justificou Orestes Vanone (PSDB). Ele citou reunião dos vereadores com empresários na segunda-feira, 13, ocasião em que eles puderam ter esclarecimentos sobre as atividades da empresa, em especial quanto ao cumprimento das metas definidas no projeto de lei.
Para Luizinho da Farmácia (PR), não há motivo para preocupação. “Se a empresa não cumprir o cronograma, a área volta para a sociedade, com mais rigor do que era antigamente. Hoje, a lei amarra de tal maneira que a gente pode ter tranquilidade para cobrar dos empresários”, disse o vereador.
Henrique Nunes (PV) argumentou que a empresa “tem lastro” e esta é a primeira vez que a Câmara doa uma área, com a promessa de a empresa promover benfeitorias no imóvel. “É uma área devoluta (no local, seria instalado um autódromo), que está criando cobras. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) já ocupou duas vezes essa área”, alegou.
Chico Saad (PMDB) lembrou que a Comissão de Justiça promoveu duas reuniões com representantes da empresa, a segunda a pedido do vereador Rodrigo Luis Silva “Digão” (PSDB), e afirmou que, com a instalação da Viaport, “a cidade continuará prosperando”.
Por sua vez, Digão frisou que outro empreendimento poderia ser feito na área, localizada na confluência entre as rodovias Presidente Dutra e Carvalho Pinto. “É uma questão de investimento. Serão R$ 330 milhões durante oito anos, e a empresa prevê faturamento anual de R$ 150 milhões. A gente espera o cumprimento das metas, que gere emprego e beneficie o povo taubateano.”
Mário Ortiz (DEM) foi na mesma linha. “É um dos melhores terrenos de Taubaté. A gente votou favoravelmente ao projeto por entender que tecnicamente estava perfeito. Não sou contra a doação, mas fizemos uma pesquisa há dez anos e constatamos que essa é a melhor esquina para o turismo no Brasil. Originalmente, a área foi destinada ao turismo, e essa é a única coisa que lamento.”
Será concedida à empresa isenção total do IPTU (Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana) por 15 anos e isenção parcial do ISS (Imposto Sobre Serviços). A vereadora Maria das Graças Gonçalves (PSB) votou contrariamente ao projeto.
Fonte:Diário de Tabubaté
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