Capitania dos Portos dá a largada em laudo e MP vai investigar impactos em São Francisco do Sul

A mancha de óleo diesel contaminado que cobria cerca de 10 mil m² no Terminal Santa Catarina (Tesc), em São Francisco do Sul, praticamente sumiu depois da ação do porto privado e da Wilson Sons Agência Marítima, que responde pela embarcação mercantil Natacha C.

O próximo passo a ser tomado pela Capitania dos Portos é encaminhar as informações do incidente para a diretoria de Portos e Costas, no Rio de Janeiro, que irá elaborar o laudo técnico-ambiental. Com base nisso, a empresa Wilson Sons Agência Marítima pode ser multada. O valor varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, conforme o impacto ambiental.

Quem também irá analisar de perto cada passo deste trâmite é o Ministério Público Federal e estadual. Na esfera da União, serão verificados o impacto para o meio ambiente e a vida marinha. Na parte estadual, o que está em jogo são os possíveis danos aos pescadores e às comunidades tradicionais de São Francisco do Sul.

A partir de informações preliminares, o delegado Marcos Werneck, responsável pela costa da região Nordeste de Santa Catarina, não descarta a possibilidade de erro humano. Segundo ele, a embarcação ancorou para retirar o óleo contaminado e passar para caminhões-tanque. Mas o bombeamento começou sem que todos os tubos estivessem instalados. “Houve uma falha de comunicação. Estamos esperando o relatório do comandante do navio”, detalha.

Para Werneck, apesar de o vazamento ter sido pequeno, o incidente não deixa de ser grave e passível de punição. “O navio vai ser autuado. Já o terminal não tem nada a ver com isso. A responsabilidade é do comandante”, avalia.

A Capitania dos Portos só ficou sabendo do incidente por causa de uma denúncia anônima, logo após o vazamento, que deve ter iniciado às 13 horas, conforme estimativa da Marinha. Werneck conta que, ao chegarem ao local, equipes já faziam a remoção do óleo. “É obrigação deles. Quem causa tem de combater o vazamento”, explica.

Os pescadores que passavam pelo local não sabiam o que havia acontecido. Mesmo com as ações para conter a propagação do vazamento, ainda não é possível saber o impacto ambiental e os possíveis danos para a vida marinha.

O Tesc fica ao lado do porto e próximo à área de cultivo de mariscos e de pesca. A estimativa da delegacia da Capitania dos Portos é de que pelo menos 200 litros de óleo foram dispersados.

Fonte: A Notícia/GISELE KRAMA



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