A partir de ontem,quarta-feira (9), todas as cargas de produtos agrícolas, importados do Paraguai, não poderão mais ser fracionadas, como ocorria até então. A medida foi tomada pelo governo brasileiro e causou insatisfação nos importadores nacionais.
Segundo eles, a normativa do Ministério da Agricultura, que começou a vigorar no Porto Seco de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, inviabiliza a atividade de importação.
Antes da medida, uma carga de mil toneladas de soja comprada no país vizinho poderia entrar no país aos poucos, fracionada em vários caminhões, em um prazo de até 30 dias. Enquanto não houvesse a liberação pelo Ministério da Agricultura, a mercadoria ficava parada nos depósitos.
Agora, todo o produto deverá entrar de uma vez só. A liberação pelos técnicos do ministério será feita no próprio porto. Porém, isso pode demorar alguns dias e isso causa prejuízos, segundo os empresários. “Imagina você trazer 40 caminhões e ficar sete dias parado. Inviabilizou o negócio”, reclama o presidente da Associação das Transportadoras Internacionais, Gilberto Blum
Para os importadores, isso aumenta os custos e representa um retrocesso. “Desde a década de 1980 para cá, nós temos trabalhado dessa forma fracionada, nunca teve problema”, afirma o vice-presidente de comércio exterior da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu, Mário Camargo.
Preocupados com a situação, representantes das empresas que trabalham com importação vinda do Paraguai já planejam ir a Curitiba e a Brasília para conversar com o governo e buscar alternativas.
Fonte: G1 PR com informações da RPC TV Foz do Iguaçu
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