Agilizar a homologação dos limites do calado máximo (maior profundidade que pode ser alcançada pela embarcação quando navegando) no canal de navegação do Porto de Santos. Este é o objetivo de uma comitiva de empresários e autoridades que vão até Rio de Janeiro na próxima quinta-feira (18), para uma reunião com representantes da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil.
O pedido é para que o trâmite seja totalmente repassado para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos. Hoje, a autoridade portuária é responsável pela realização das batimetrias (verificação das profundidades).
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Os resultados são repassados à Marinha, que os analisa na DHN. Em seguida, se aprovadas as profundidades, a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) sugere um calado à autoridade portuária, que os homologa.
Segundo o delegado regional da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) e coordenador da Comissão para Acompanhamento da Agenda Temática (CAT) do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Eliezer Giroux, o plano é que todo o trâmite seja realizado pela Docas. O principal motivo do pedido é a necessidade de que o processo seja realizado de forma mais rápida.
“Quando vai para o Rio de Janeiro, entra numa fila comum. O que nós queremos é uma mudança na norma para que esses dados sejam analisados em Santos, com mais celeridade”, destacou o executivo, que coordena os trabalhos.
Segundo Giroux, para que esta mudança aconteça, é necessária a aprovação da Marinha do Brasil. Por isso, uma comitiva de empresários vai até o Rio de Janeiro em busca de uma solução para a questão.
Entre as autoridades que irão à reunião, estão o capitão dos portos de São Paulo, o capitão de mar e guerra Daniel Rosa Menezes, e o diretor de Operações Logísticas da Codesp, Marcelo Ribeiro de Souza, que foi comandante da Capitania.
“Vamos continuar obedecendo regras técnicas. O sentimento, por enquanto, é de que vamos precisar escalar. Dessas vez, vamos em conjunto com a autoridade portuária e o capitão dos portos. Vamos com mais peso”, destacou Giroux.
Marinha
Procurada, a Diretoria de Hidrografia e Navegação informou, por meio da assessoria de imprensa, que “não recebeu nenhuma proposta e está aguardando a reunião para iniciar os entendimentos”.
Fonte: A Tribuna