A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta terça-feira (23) os dados finais da safra 2018/19 do setor de cana-de-açúcar.
Partindo de dados de moagem de cana bem próximo aos da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e aos do Mapa (Ministério da Agricultura), a Conab chegou a resultados bem diferentes na produção de açúcar.
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O órgão estatal refez alguns cálculos durante o dia e trouxe os números para volumes mais próximos dos da Unica e dos do IBGE.
A moagem nacional de cana ficou em 620 milhões de toneladas, e a do centro-sul, em 573 milhões.
A produção de açúcar, inicialmente prevista em 31,35 milhões de toneladas, recuou para 29,04 milhões.
Com os novos dados, o órgão indicou uma redução de 9 milhões na produção de açúcar desta safra, em relação à anterior.
Um dos principais ajustes foi nos números de São Paulo. A Conab reajustou os dados do estado para 18,2 milhões de toneladas, 2 milhões menos do que previa antes e mesmo volume apurado pela Unica. A perda deste ano, em relação ao volume do anterior, é de 5,7 milhões de toneladas.
Minas Gerais, o segundo maior produtor do país, chegou a 3,1 milhões de toneladas, com redução de 1,2 milhões nesta safra.
O órgão estatal aponta volume recorde de 33,14 bilhões de litros e etanol no país. Desse volume, 23,6 bilhões foram de álcool hidratado, 45% mais do que o da safra anterior.
Potencial agrícola do Brasil atrai mais uma indústria de máquinas agrícolas
Mais uma indústria do setor de máquinas agrícolas chega ao Brasil. É a alemã Fendt, ligada à AGCO. Com a proposta de atender a grandes produtores e que se utilizam de muita tecnologia, a empresa terá como foco inicial o estado de Mato Grosso. Na sequência seguirá para outras regiões e América do Sul.
Após estudo de viabilidade, a empresa optou por se instalar na cidade de Sorriso (MT), na BR-163. Entre os produtos que serão comercializados inicialmente, estão dois tipos de trator.
Inicialmente chega um com potência de 517 cv e custo de US$ 450 mil. Segundo a Fendt, é uma máquina de alta potência e de baixo consumo.
A empresa vai colocar também no mercado uma plantadeira com 40 linhas, um projeto desenvolvido no Brasil.
O equipamento é dobrável, ficando com 4,3 metros de largura, o que facilitará o transporte, segundo José Henrique Galli, diretor da Fendt na América do Sul.
A empresa colocará à disposição dos produtores, ainda, uma nova colheitadeira, um projeto criado do zero e com investimentos de US$ 250 milhões. Com fábricas no Brasil e na Itália, o equipamento se autorregula para adequar melhor velocidade e perdas.
Luis Fernando Felli, presidente da AGCO América do Sul, espera que Estados Unidos e Brasil se tornem os principais mercados para a empresa, após a Europa. Ele acredita nessa expansão porque vai entregar “um produto com tecnologia, qualidade e bons serviços”, afirma.
Fonte: Folha SP