A disseminação do coronavírus representa um problema para as exportações de commodities do Brasil, principalmente para os produtos que vão para a China. O país asiático fica com 32% das vendas externas brasileiras do setor de agronegócio.
As preocupações com o vírus, porém, não se restringem apenas às exportações, mas também estão relacionadas às importações.
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O Brasil é bastante dependente de insumos provenientes da China, e uma restrição na mobilidade das pessoas, com consequências no fluxo logístico, afetará as importações brasileiras de princípios ativos do país asiático, segundo analistas do banco Itaú BBA.
No ano passado, 38% das importações brasileiras de defensivos agrícolas foram feitas da China. Em alguns produtos específicos, a dependência brasileira do país asiático chegou a 99%, como é o caso do glifosato, herbicida importante na agricultura nacional.
Essa paralisação das indústrias e a interrupção do fluxo comercial, porém, não estão previstas, pelo menos até o momento. Além disso, os maiores volumes de importações brasileiras ocorrem de maio a outubro.
Os estoques atuais das empresas e o controle do vírus poderão evitar uma situação mais drástica no fornecimento desses insumos. Uma interrupção, contudo, interferiria muito nos preços de mercado.
Por isso, os analistas do banco recomendam aos produtores atenção no desenrolar da doença e nas oportunidades de mercado.
Fonte: Folha SP