Brasília Em audiência pública ontem na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Jorge Fraxe, reconheceu a supervisão de obras como ponto vulnerável do órgão. "Com mais de mil contratos de empreendimentos, o Dnit não tem topógrafo ou laboratorista de solo, é tudo terceirizado", disse, ao explicar que o órgão não conta com equipe própria para supervisionar as obras, recorrendo a consultores para a realização da tarefa.
Para superar o problema, Fraxe informou que está sendo alterado o modelo de contrato para supervisão de obras, que passará a responsabilizar a empresa supervisora, caso sejam verificados problemas que poderiam ter sido evitados com esse procedimento. Além disso, observou, as empresas contratadas serão obrigadas a fornecer arquivos eletrônicos detalhados sobre todo o serviço realizado.
"No dia em que o próprio Dnit, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União ou o inquérito da Polícia Federal desejarem saber como foi pago aquele serviço, haverá um suporte documental", disse. Para o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), ex-ministro dos Transportes, se não contar com estrutura própria, o Dnit "pouco andará". "Enquanto o governo não der estrutura necessária, dificilmente vamos ter as respostas que esperamos".
Fonte: Diário do Nordeste (CE)
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