O principal executivo da companhia dinamarquesa AP Moller-Maersk prometeu se concentrar em elevar a lucratividade do setor de transporte marítimo por contêiner. A declaração foi feita após dos maciços prejuízos registrados pela divisão de contêineres da empresa.
O prejuízo operacional líquido de US$ 599 milhões, depois dos impostos, contabilizado pela Maersk Line, operadora da maior frota mundial de navios porta-contêiner, comparativamente ao lucro de US$ 424 milhões alcançado, sob as mesmas condições, no primeiro trimestre do ano passado, se abateu sobre uma receita 7% maior, de US$ 6,31 bilhões.
O grupo informou que o lucro líquido aumentou 1% na comparação com o primeiro trimestre de 2011, para US$ 1,18 bilhão, sobre uma receita 1% menor, que somou US$ 14,3 bilhões.
No entanto, sem a contribuição de dois ganhos extraordinários - US$ 900 milhões de um acordo decorrente de litígio fiscal na Argélia e US$ 324 milhões em ganhos com alienações -, as perdas registradas pela Maersk Line teriam anulado todo o lucro líquido do trimestre. As ações B da Maersk caíram 6,15% em Copenhague, para 37.840 coroas dinamarquesas.
A Maersk tem sido responsabilizada, em amplos círculos, por agravar a crise do setor no ano passado, ao lançar uma capacidade adicional significativa na frota mais importante, entre Ásia e Europa, e ao deprimir as tarifas cobradas por contêiner.
Ao mesmo tempo, Nils Andersen, seu principal executivo, disse que a empresa alcançou uma participação de mercado de cerca de 16%, o nível que havia fixado como meta.
Fonte:Valor Econômico/Por Robert Wright | Financial Times, de Londres
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