A dragagem de manutenção do canal de navegação do Porto de Santos será retomada nos próximos dias, segundo informações da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária de Santos. Inicialmente, o serviço será realizado pela draga Rotterdam, que ontem passou por uma fiscalização da Capitania dos Portos de São Paulo.
Os trabalhos de retirada de sedimentos do canal vão começar nos trechos 2 e 3 do estuário, que se estendem da região do Ferry Boat até as torres de energia (direção do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini) e desse ponto até as proximidades do Armazém 6, respectivamente.
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Essas áreas foram escolhidas pois, no último levantamento batimétrico realizado pela Codesp, no início do mês, pontos com assoreamento (depósitos de sedimentos, tornando o canal mais raso) foram detectados. Há aqueles com 14,1 metros de profundidade no Trecho 2. Já na direção do Armazém 12, no Paquetá, no Trecho 3, foram encontrados locais com fundura entre 14,4 e 14,5 metros. A medida correta seria de 15 metros.
A prioridade a ser dada a esses locais foi garantida pela diretoria da Codesp em reunião na Capitania dos Portos de São Paulo no último dia 13. A promessa impediu que a Autoridade Marítima reduzisse a profundidade oficial do canal, o que levaria a uma diminuição do limite máximo do calado – a altura da parte do navio que fica submersa.
Ao navegar, um navio tem de manter uma distância de segurança do leito do mar, rio ou canal. No Estuário de Santos com 15 metros, a Capitania exige uma margem de 1,8 metro, o que leva os navios a trafegarem com, no máximo, 13,2 metros. Se essa medida for reduzida, o navio não poderá ficar tão “afundado” – terá de reduzir o peso que transporta, em outras palavras, a quantidade de cargas.
Com as medidas obtidas na última batimetria, a Marinha iria diminuir o limite de calado para 13 metros.
A Rotterdam, que realizará a dragagem, pertence à Van Oord Operações Marítimas, que venceu a licitação para a realização do serviço.
Fonte: A Tribuna