SÃO PAULO - A América Latina Logística (ALL) teve no segundo trimestre deste ano um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado de R$ 579,5 milhões, crescimento de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2013.
Segundo a companhia, o resultado foi decorrente de uma estabilidade no Ebitda das Operações Ferroviárias, um aumento de 39,8% no Ebitda da Brado Logística e uma queda de 51,3% no Ebitda da Ritmo Logística.
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Os dados são da prévia dos seus resultados da empresa. Os números não foram auditados e estão sujeitos à revisão dos auditores, diz a companhia.
A empresa afirma que os resultados das Operações Ferroviárias ficaram abaixo do inicialmente esperado. “Enfrentamos no segundo trimestre de 2014 um cenário bastante difícil de demanda, afetando os volumes transportados e os yields em toda nossa rede ferroviária”, afirmou a companhia. Além disso, a ALL disse que chuvas excessivas interromperam diversos trechos ferroviários na região sul do Brasil.
Segundo a ALL, o volume transportado subiu apenas 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2013, somando 11,4 bilhões de toneladas.
A empresa acrescenta que a China reduziu “bruscamente” sua demanda por importação de grãos, o que impactou o mercado de transporte terrestre e contribuiu para a queda dos preços de frete no mercado à vista.
Já a Brado Logística deu continuidade a sua aceleração operacional (“ramp-up”) e registrou um aumento de 17,9% de volumes no segundo trimestre, com 18,6 mil contêineres. O Ebitda da empresa somou R$ 15,5 milhões, aumento de 39,8%.
A Ritmo Logística não teve um bom trimestre, segundo a ALL, em função da queda da demanda e de restrições alfandegárias da Argentina, e da descontinuidade das operações de Carga Geral e de produtos químicos. Também prejudicaram a empresa a escassez de demanda por transportes agrícolas e a decisão de um cliente de operar com seus próprios caminhões.
O Ebitda da Ritmo caiu 51,3% no segundo trimestre, para R$ 3,4 milhões, e o volume total transportado recuou 33,9%, para 14 milhões de quilômetros rodados.
Fonte: Valor Econômico/Olivia Alonso