As exportações de carne bovina, in natura e processadas, miudezas comestíveis, e sebo bovino, entre outros, bateram recorde em julho de 2025, informou na última quarta-feira (13), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Foram exportadas 366.920 toneladas, 27,4% mais que no mesmo mês do ano passado. A receita total foi de 1,726 bilhão de dólares, resultado 48,4% maior que em julho de 2024. No acumulado de janeiro a julho de 2025, as exportações do setor renderam 9,170 bilhões de dólares (+31,3%). Foram embarcadas 2.055.273 toneladas (+19%). Nos sete primeiros meses do ano passado, a receita foi de 6,983 bilhões de dólares e o volume, de 1.728.454 toneladas.
Segundo a Abrafrigo, a China foi responsável por 44,5%% da receita e por 38,5% das exportações de carne bovina nos sete primeiros meses de 2025. Para aquele país, foram vendidas 790.337 toneladas, que corresponderam a receita de 4,082 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, os chineses importaram do Brasil 689.840 toneladas de carnes bovinas, que proporcionaram receita de 3,052 bilhões.
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Os Estados Unidos, com compras de 1,468 bilhão referentes a 484 mil toneladas, foram os segundos maiores importadores da carne brasileira de janeiro a julho e tiveram participação de 23,6% no volume e de 16% das receitas. Mas, segundo a Associação, as vendas vêm caindo desde abril de 2025, quando atingiram o recorde de 306 milhões de dólares, e a expectativa é de mais quedas por causa das tarifas de importação de 50% impostas pelo presidente americano, Donald Trump, a produtos brasileiros a partir de 9 deste mês.
O Chile, que aumentou suas compras de 57.241 toneladas em 2024 para 68.804 toneladas (+20,2%) no acumulado até julho de 2025 aparece em terceiro. Na comparação entre dois períodos, a receita da exportação para o país sul-americano subiu de 271 milhões de dólares para 372,9 milhões de dólares (+37,6%).
E o México passou à quarta posição, saindo das 22.892 toneladas importadas em 2024 para 67.766 toneladas em 2025 (+ 196%), gerando 364,79 milhões de dólares (+249,2%), contra 104,5 milhões de dólares até julho do ano passado. No período, 124 países aumentaram suas importações da carne brasileira, e 48 reduziram suas compras.