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Ecorodovias faz baixa contábil no Ecoporto e Elog

Após sucessivos resultados ruins do Ecoporto, o terminal de contêineres que opera no porto de Santos (SP), a concessionária de infraestrutura EcoRodovias realizou uma baixa contábil de R$ 545 milhões no ativo. A baixa é um reconhecimento de redução do valor do negócio por meio do qual a empresa atualiza o valor recuperável do ativo.

Com isso, a EcoRodovias considera agora que o Ecoporto vale R$ 572,4 milhões - o que restou do valor líquido original (de R$ 1,11 bilhão) após a adequação. Em 2012, a EcoRodovias comprou o terminal por R$ 1,29 bilhão.


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O ajuste reflete o mau desempenho do terminal, que perdeu escalas de navios e não consegue ter um bom desempenho diante da redução de volumes de cargas e da acirrada concorrência entre terminais de contêineres no porto de Santos - são seis instalações.

Em teleconferência com analistas de mercado ontem para apresentar os números do segundo trimestre, o presidente da holding, Marcelino Rafart de Seras, disse que a meta da EcoRodovias para o Ecoporto é melhorar a rentabilidade do ativo ao máximo e buscar a melhor solução em relação ao pedido de reequilíbrio econômico-financeiro do arrendamento, encaminhado à Secretaria de Portos (SEP) há mais de um ano.

"Estamos procurando rentabilizar ao máximo com eficiência e redução de custos. Ao mesmo tempo, esperamos reconhecimento quanto aos investimentos feitos no passado para achar a melhor solução, que inclusive pode ser a prorrogação do contrato, o que pode favorecer no futuro um desinvestimento", disse Seras.

Quando comprou o ativo, a EcoRodovias utilizou como premissa a renovação do arrendamento, que termina em 2023, por mais 25 anos (até 2048), conforme previsto no contrato firmado com a Companhias Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o cais santista.

Além do Ecoporto, a concessionária fez uma baixa contábil na Elog, seu braço de logística, com impacto de R$ 677,1 milhões sobre o resultado, ao reconhecer uma perda por redução no valor de R$ 671,4 milhões. As unidades da Elog estão à venda. A estratégia do grupo é focar na sua atividade-âncora, as concessões rodoviárias.

Devido a esses efeitos, a EcoRodovias registrou um prejuízo líquido de R$ 1,18 bilhão no segundo trimestre, revertendo o lucro líquido entregue no mesmo período de 2015. A receita líquida teve leve alta de 0,2%, para R$ 664,65 milhões, frente a igual intervalo de 2015. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 27,8 milhões no trimestre, queda de 90,5% na mesma base de comparação anual.

Ao ser questionado por analistas, Seras voltou a afirmar que a EcoRodovias está prevendo participar dos leilões rodoviários apenas em 2017. Até lá, o grupo permanecerá dedicado a ter maior eficiência e rentabilidade e concluir o fechamento de aditivos contratuais rodoviários.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires e Juliana Machado | De São Paulo






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