Profissionais do complexo industrial e logístico e engenheiro mecânico simularam operação previamente com auxílio de software e teste de cais em Maragojipe (BA)
Um engenheiro mecânico desenvolveu uma solução que contribuiu para executar uma operação logístico-portuária para a implantação do projeto eólico Tanque Novo, na Bahia, em tempo considerado recorde, levando em consideração o embarque na China até o desembarque final no terminal de uso privado (TUP) do complexo industrial e logístico do Enseada, em Maragojipe (BA). Ao todo, 40 aerogeradores de fabricação da Goldwind foram recebidos, armazenados na área alfandegada de 750 mil m² do Enseada e transportados até o destino, a cerca de 1.000 km de distância do complexo.
Inspirado em uma prancha de surfe, Danilo Oliveira teve a ideia de inverter o conjunto (carreta, apoios e pás) e criou um par de dispositivos que, uma vez colocados na carreta especial que transporta as pás no desembarque do navio, possibilita inverter o lado da varredura da pá, que possui 76 metros e pesa 22 toneladas. “O transporte convencional é realizado com a cauda para a parte traseira da carreta especial. Com a pá invertida, viabilizamos que a varredura fosse pela parte dianteira, eliminando possíveis interferências dentro do complexo industrial”, comentou Oliveira.
De acordo com o engenheiro, a inovação foi pensada de forma conjunta com profissionais da Enseada, simulada em software de engenharia e testada no cais do complexo industrial e logístico, localizado em Maragojipe, no Recôncavo baiano, garantindo uma operação segura, produtiva e sem falhas em todas as etapas do contrato logístico-portuário. “A Bahia tem, no Enseada, um complexo naval, logístico-portuário e industrial de classe mundial, fruto de um investimento privado de R$ 3 bilhões, que está pronto para gerar ainda mais empregos qualificados no estado”, destacou o diretor de negócios do Enseada, Carlos Tsubake.
O complexo eólico Tanque Novo está localizado nos municípios de Tanque Novo e Caetité e tem a inauguração confirmada para abril, segundo a CGN Brasil, empresa multinacional do setor de energia responsável pelo parque gerador. Para o CEO da CGN Brasil, Yao Zhigang, as obras irão garantir ao estado uma posição de protagonismo na geração de energia limpa e renovável no país. “Estamos implantando um dos mais modernos e produtivos parques eólicos do Brasil e o governo da Bahia tem sido um parceiro fundamental no sucesso da operação”, disse Zhigang.
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