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Espírito Santo discute superporto

Na primeira semana de dezembro, o Estado vai definir qual será a região que vai abrigar um superporto de valor estimado em R$ 1 bilhão. Até agora, há indícios de que Praia Mole, em Vitória, será a área escolhida, afinal, já há um esboço de projeto pronto.

Representantes de Estado e intersindicais, empresas do setor portuário e as prefeituras de Vitória, da Serra, de Aracruz e de Anchieta decidirão, neste encontro marcado para a semana que vem, se a opção alternativa será Ubu (Anchieta) ou Barra do Riacho (Aracruz).

Ubu, por conta de toda a logística montada e do que ainda está por vir, principalmente a construção da Ferrovia Litorânea Sul, também é um forte candidato para o superporto. A intenção é apresentar para a Secretaria de Portos (SEP) uma nova opção de local.

Neste momento, o Estado se vê meio que contra a parede, porque o governo federal tem pressa e, até agora, o projeto da Ponta de Tubarão é o único que apresenta as condições necessárias para a contratação do projeto executivo. O governador eleito, Renato Casagrande, sabendo do problema, já sugeriu ao secretário de Portos, Pedro Brito, que dê continuidade ao projeto do superporto em Praia Mole, para que o Espírito Santo não corra o risco de perder a oportunidade.

O secretário estadual de Transportes, Neivaldo Bragato, que ontem participou de um workshop do Congresso Nacional dos Executivos de Finanças sobre infraestrutura e logística, disse que existe a possibilidade de serem construídos dois portos em águas profundas com focos diferentes de atuação. "Essa é uma possibilidade que pode vir a ser estudada. Primeiro temos de apresentar a alternativa, é o primeiro passo que precisa ser dado".

Marco Aurélio Marçal Pinto, coordenador de marketing da Codesa, disse que um novo porto precisa ser urgentemente construído, não importa onde. "O mais importante é que as obras comecem logo. Em 2020, o superporto precisa estar pronto, seja ele onde for. Não se constroem mais navios de contêineres que caibam no canal de Vitória. Vamos perder essa carga".

Por mês, 3,5 milhões de toneladas de mercadorias que não partiram ou que não ficarão no Estado passam pelo Porto de Vitória. Cada tonelada rende R$ 120 para a economia local. Sem um porto decente, R$ 420 milhões deixarão de circular aqui.

Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Abdo Filho


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