O milho, que é utilizado para a alimentação do gado e que vem sendo uma das maiores preocupações do homem do campo, foi garantido ontem pelo governo federal. A presidente Dilma Rousseff anunciou que serão entregues às regiões afetadas com a estiagem 340 mil toneladas para abastecer a região nos meses de abril e maio.
E mais: ao invés de vendido aos estados, o cereal será entregue a estes para a venda subsidiada aos produtores. O volume foi definido através de levantamento feito com as unidades federativas do Nordeste.
“Essa talvez seja a ação mais nova feita no Brasil para a seca. Nunca nessa dimensão nada igual foi feito”, afirmou a presidente.
De acordo com Dilma, a venda do milho é uma das ações que mais exigem aprimoramentos. Um deles já foi apresentado: o transporte através de navios, em operações de cabotagem (entre os portos do País).
O governo federal irá entregar o milho nos portos, e cada estado será responsável pela distribuição dele em seu território.
A utilização do modal marítimo para o transporte do cereal permitirá um enorme ganho de escala, uma vez que um navio de 50 mil toneladas tem a capacidade de transportar o equivalente e 1.300 caminhões.
No caso do Ceará, o governador Cid Gomes informou que, das 340 mil toneladas, 49 mil virão para o Estado, chegando pelo Porto do Pecém. “Ontem mesmo (segunda-feira), desde que nos colocaram como possibilidade, chamei diversos envolvidos pra que a gente montasse uma operação de guerra para que esse milho seja distribuído o mais rápido possível, de todas as formas: carro, caminhão, trem”, afirmou o governador.
Segundo ele, a operação estará preparada assim que chegar o primeiro navio, que deverá vir ainda este mês. “Acho que o esquema do Ceará é uma referência. A gente vai poder fazer bem isso”, garantiu Cid.
Segundo o chefe do Executivo estadual, a renda da venda do milho irá para os estados. Além da responsabilidade pelo transporte e distribuição, os estados deverão assumir o compromisso de vender o milho por R$ 18,12 (até três toneladas) e R$ 21 (entre três e seis toneladas).
“Obviamente, como o Estado não vai querer esse dinheiro, senão para essa área, isso vai ter retorno em volumoso. O rebanho precisa do energético, o milho, e pastagem, pra fazer volume, por isso se chama volumoso”, disse Cid.
Fonte: Diário do Nordeste (CEW)
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