A diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) aprovou, nesta quinta-feira (9), trecho do “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e Aplicações do Hidrogênio nos Portos” que inclui estudo de caso referente a cinco portos e que analisa iniciativas de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), transição energética, descarbonização e aplicação do hidrogênio verde (H2V).
Segundo a Antaq, os portos de Itaqui, no Maranhão, de Paranaguá, no Paraná, de Santos, em São Paulo, e os Terminais de Uso Privado do Pecém, no Ceará, e do Açu, no Rio de Janeiro, foram os escolhidos por apresentarem bons resultados no Índice de Desempenho Ambiental (IDA), por projetos para a transição energética e pela experiência em descarbonização ou em uso de hidrogênio verde. Todos oferecem ainda incentivos para navios com menor pegada de carbono, entre eles descontos tarifários ou prioridade de atracação.
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Outro ponto levantado foi a existência de Planos de Descarbonização, visto como essencial pelos portos avaliados. As principais iniciativas incluem instalação de painéis solares para gerar energia, uso de energia renovável certificada, substituição de equipamentos a combustão por elétricos, modernização da infraestrutura elétrica e parcerias para avaliar e adotar a utilização de combustíveis de baixo carbono.
O estudo recomenda a criação de um Plano Nacional de Hidrogênio Verde e a implementação de incentivos fiscais para acelerar o uso combustíveis limpos. E cita as parcerias público-privadas como fundamentais para criar infraestrutura e corredores verdes de exportação e investimentos em pesquisa como caminhos para ampliar a competitividade das tecnologias sustentáveis.
O diretor da agência reguladora, Caio Farias, relator do processo que trata do estudo, destacou que a descarbonização portuária é essencial para manter a competitividade do Brasil no comércio global e cumprir metas climáticas internacional. “A liderança da Antaq e do MPor será crucial para articular políticas públicas, definir metas progressivas, regular, fiscalizar e estimular investimentos em infraestrutura sustentável”, disse.