Começou hoje uma expedição de barco do Ibama que vai percorrer 410 km ao longo do Rio Paraguai, até a região de Ingazeiro no município de Porto Murtinho. A expedição, denominada Piracema, tem os objetivos de coibir a pesca e a caça predatórias, verificar as condições de navegabilidade da hidrovia Paraguai-Paraná e vistoriar as instalações de embarque dos portos neste trajeto que escoam a produção de minério de ferro saída de Corumbá.
Participam da viagem o superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, David Lourenço, e três técnicos do órgão. A previsão é de que eles levem 3 dias percorrendo trechos de águas internacionais que têm apresentado conflitos na área de pesca.
De acordo com o que a Superintendência do Ibama divulgou, os problemas ocorrem na região da Bahia Negra e no trecho do Estirão da Ilha Verde, que envolvem fronteiras comuns entre o Brasil, o Paraguai e a Bolívia.
A lancha com a equipe do Ibama saiu de manhã do ancoradouro da Ponte do Rio Paraguai em Porto Morrinho e vai navegar em águas brasileiras numa distancia de 94 Km até a localidade do Estirão da Ilha Verde onde se dá início à navegação em águas internacionais com a Bolívia. Este trecho tem 67 km.
Após este trecho, a equipe recomeça a navegação em águas internacionais, nesse caso do Brasil/Paraguai, indo até a cidade de Porto Murtinho/MS, somando 253 Km de navegação até o destino final da missão, na região de Porto Sastre ou Ingazeiro no sul do Mato Grosso do Sul, no município de Porto Murtinho.
Conforme o Ibama, além da pesca predatória, a expedição servirá para os técnicos analisarem os casos de caça predatória, que vêm ocorrendo na região da Baía Negra.
Em estudo-Em relação à navegabilidade do rio e o portos para embarque dos minérios, o órgão pretende, com a expedição pelo rio, recolher subsídios para a análise dos pedidos de ampliação das instalações e da produção de minério de ferro do complexo minero-siderúrgico existente no município de Corumbá, no Maciço de Urucum.
"Vai caber ao Núcleo de Licenciamento do Ibama em Mato Grosso do Sul avaliar os riscos e as condições ambientais em que vai se dar a ampliação da produção do complexo de minério de ferro instalado em Corumbá”, afirmou o superintendente David Lourenço.
Fonte: Campo Grande News
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