As exportações brasileiras de carne bovina (in natura e processada) somaram 134,4 mil toneladas em junho, com receita de US$ 514,6 milhões. O volume dobrou na comparação com o mesmo mês de 2018, enquanto a receita cresceu 93%. As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), baseadas em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia .
Esse forte aumento pode ser explicado pela baixa base de comparação, já que em junho do ano passado os embarques foram prejudicados pela greve dos caminhoneiros. Naquele mês, os embarques foram de 65 mil toneladas, com receita de US$ 266,7 milhões.
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No primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou 828,7 mil toneladas de carne bovina, ou US$ 3,1 bilhões. No mesmo período, em 2018, foram 655 mil toneladas, que geraram US$ 2,6 bilhões.
De acordo com nota da Abrafrigo, a China continuou sendo o principal importador de canre bovina brasileira, considerando também os volumes comprados por Hong Kong, mas diminuiu sua participação no total do semestre.
De janeiro a junho do ano passado, a fatia chinesa foi de 45,3%, mas nos seis primeiros meses de 2019 caiu para 38,4%. Ainda assim, o volume cresceu de 296,5 mil toneladas para 317,8 mil.
Contribuíram para a queda da participação da China o aumento das vendas para países como Egito, o segundo maior cliente do Brasil (12%), Emirados Árabes Unidos (443%), Irã (41,4%), Rússia (865%), Turquia (870%), Filipinas (120%) e Uruguai (62%).
Segundo a Abrafrigo, no total 105 países aumentaram suas importações no período, enquanto 50 reduziram as compras.
Fonte: Valor