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Falha em correia aumenta custo de empresas no Pecém

Em cinco anos de existência, a correia transportadora de carvão mineral do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) vem apresentando problemas de caráter funcional e ambiental há três anos

Falhas há três anos na correia transportadora, que leva carvão mineral para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e para as térmicas do Porto do Pecém, aumentam os custos de produção das empresas, conforme O POVO apurou com fontes ligadas ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).


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Hoje, a correia está operando em baixa capacidade. Ela leva o carvão mineral de navios no Porto até correias próprias de empresas usuárias, como a CSP e a termelétrica Porto do Pecém Geração de Energia (Energia Pecém), que levam os minérios até seus Pátios Internos de Matérias Primas. Mas, sem o equipamento a contento, as empresas são obrigadas a utilizar caminhões caçamba para transportar a matéria-prima.

“A mais antiga (correia) está há mais de um ano com problemas. Ela ainda foi embargada por haver derramamento do pó de carvão mineral, que estava prejudicando a comunidade ao redor. Além disso, estamos tendo um custo de produção maior por conta da matéria-prima, que se perde no processo de transporte, e do uso de caminhões para transportar”, informou a fonte ao O POVO.

Em matéria publicada no dia 22 de setembro, O POVO relatou que foram averiguados vazamentos de partículas de carvão mineral, fuligem e danos continuados ao meio ambiente na correia transportadora de carvão do Cipp. Com isso, o equipamento teve o funcionamento embargado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Mas esta não é a primeira vez que a correia, instalada há cinco anos, é alvo de ações do Ibama. Nos últimos três anos, o órgão emitiu multas às empresas que operam o equipamento de R$ 15 milhões e R$ 301 mil, por poluição sonora e pelo pó de carvão.

Em nota enviada ao O POVO, a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) informa que a esteira de carvão mineral voltou a funcionar normalmente no dia 24 de setembro, “respeitando cronograma definido em comum acordo entre a companhia e todos os envolvidos no processo”.

Acrescenta que a licença ambiental de funcionamento das correias transportadoras do Porto do Pecém prevê condicionantes que já estavam sendo providenciadas pelas empresas que utilizam os equipamentos. “Deste modo, após isso ser demonstrado na Justiça, foi concedida a liminar cancelando o embargo”, diz a nota.

Sobre o uso das caçambas no transporte de carvão, a Seinfra informa que a correia de carvão opera desde 2011, tendo transportado mais de 10 milhões de toneladas da matéria-prima. “A tecnologia empregada no equipamento permite a operação em diferentes taxas que vão de 2.400 toneladas por hora (ton/h) a 600ton/h. Essas taxas mais baixas são muito comuns no final das operações, quando se faz a limpeza dos porões”.

Conforme a Secretaria, a correia opera normalmente, mas em situação atípica, por estar sendo muito utilizada com incremento da demanda e para atender ao maior número de navios. “Em algumas situações estão sendo concomitantemente realizadas operações de descarga também no TMUT, por isso a utilização pontual de caçambas”, finaliza a nota.

Procurada ontem à tarde pelo O POVO, a CSP e Energia Pecém (grupo EDP e Eneva) informaram que somente se pronunciarão sobre as correias e o aumento de custos hoje. Porém, em nota, o grupo EDP informou que está com as térmicas funcionando normalmente, atendendo aos despachos do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Fonte: O Povo (CE)/Beatriz Cavalcante






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