O Senado Federal e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso promoveram nesta segunda-feira (08) mais um debate sobre a extensão da malha ferroviária de Rondonópolis até o médio-norte do Estado, passando pela região metropolitana de Cuiabá. As obras ainda dependem de posicionamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Tribunal de Contas da União (TCU) e poderiam, se viabilizadas, trazer mais de 20 milhões de toneladas de carga industrial por ano para a Capital.
No mês passado, durante sua passagem por Mato Grosso, o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas conheceu as instalações do Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR), o maior terminal ferroviário de cargas da América Latina e que liga a região Centro-Oeste ao Porto de Santos, em São Paulo. Na ocasião, prometeu empenho do Governo Federal na agenda acima.
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“A região metropolitana de Cuiabá tem um grande potencial de cargas. Estamos fazendo lá em Rondonópolis um volume muito grande de cargas industriais, tanto no sentido Mato Grosso x São Paulo x Porto de Santos, como no sentido indústria paulista x Mato Grosso. E boa parte dessa carga é consumida ou gerada aqui em Cuiabá, então nós temos grande expectativa que a ferrovia aqui em Cuiabá possa atender essa demanda reprimida. Existe um potencial de 20 milhões de toneladas/ano que são consumidas aqui em Cuiabá e que vêm, sobretudo, da indústria de São Paulo e que poderiam sim vir sobre trilhos”, destacou Guilherme Penin, diretor de assuntos Regulatórios e Institucionais da Rumo, empresa que detém a concessão do CIR.
A chamada Ferrogrão, que concentrará a construção da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico) e o prolongamento da Ferronorte, deverá passar por Cuiabá e ser estendida até Lucas do Rio Verde, totalizando 1.180 km de extensão.
Um projeto que confirma a viabilidade técnica e econômica da ferrovia foi elaborado pela Rumo e apresentado ao ministro no mês passado. Tarcísio não estabeleceu data para que obras sejam licitadas, mas disse que a expectativa é de que aconteça ainda este ano.
No entanto, toda a negociação depende, além do apoio político, do posicionamento de órgãos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Tribunal de Contas da União (TCU).
“Faltam basicamente autorizações no processo administrativo lá no Governo Federal, porque a ferrovia como vocês sabem é uma concessão federal. Nós temos dois grandes processos já em curso: um para poder fazer mais investimentos lá em São Paulo e desengargalar o trecho paulista, como também uma autorização para expandir a ferrovia aqui para Cuiabá e para o médio norte de Mato Grosso. Como empresa temos trabalhado firme todos os dias para que os prazos sejam os mais curtos possíveis, mas nó dependemos aí do Governo Federal e do TCU que são os anuentes desse processo”, esclareceu Penin.
Fonte: Cenário MT