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Frete em Mato Grosso é três vezes mais caro que nos Estados Unidos

Os cálculos do Imea são utilizados pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) para defender investimentos na hidrovia Teles Pires-Tapajós
SÃO PAULO - O custo de transporte da soja no norte de Mato Grosso até os portos é três vezes superior ao frete pago pelos produtores do Estado americano de Iowa. Os cálculos foram feitos pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Os produtores que estão em Sorriso (MT), que fica a 2.282 km do Porto de Paranaguá (PR), têm um custo de US$ 97 por tonelada de soja transportada por rodovia.
Já os produtores de Iowa, que estão a 1.576 km do porto, gastam US$ 33,98 por tonelada, dos quais US$ 10,09 são despesas com o frete do caminhão até os terminais no Rio Mississippi e mais US$ 23,89 com o da barcaça que transporta a mercadoria até o Golfo do México.
Os cálculos do Imea são utilizados pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) para defender investimentos na hidrovia Teles Pires-Tapajós, que reduziria o custo do frete da região norte de Mato Grosso para cerca de US$ 55,54 por tonelada, sendo US$ 37 do caminhão até a hidrovia e mais US$ 18,77 da barcaça.
Se a hidrovia fosse construída, a soja sairia pelo norte do Estado de Mato Grosso, a partir do município de Sinop e percorreria 1.099 km até Santarém (PA), sendo exportada pelo Norte do País.
Preços. Segundo levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), no ano passado o custo de transporte representou 32% do preço da soja originária de Mato Grosso desembarcada em Xangai, na China. No caso da soja americana, a participação foi de apenas 24%.
A redução do frete marítimo, provocada pela queda dos preços do petróleo e da retração na demanda mundial por causa da crise, acabou ajudando a melhorar a competitividade do Brasil, É que o custo do transporte da soja brasileira chegou a bater em 45% em 2006, quando os preços do produto recuaram a níveis históricos.
Os dados do USDA mostram como as quedas dos preços da commodity na Bolsa de Chicago acentuam o impacto da deficiência logística, pois, em 2006, o frete rodoviário correspondeu a 48% do preço recebido pelo produtor em Sorriso.

Fonte: Estadão/Venílson Ferreira

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