O Brasil deverá exportar um volume recorde de 45 milhões de toneladas de soja no próximo ano e se consolidar como o maior exportador mundial da oleaginosa.
Bom para o país, ruim para a logística. Além da soja, o país elevará também as exportações de milho, aumentando ainda mais o gargalo das estradas e dos portos.
Se confirmados os dados da soja, a exportação do próximo ano superará em 5% a deste ano, que também é recorde. Essas estimativas são da consultoria Céleres, de Uberlândia (MG).
As exportações brasileiras de soja tomaram um ritmo muito forte nos últimos anos, devido ao aumento interno de produção. O volume previsto para 2014 será 134% superior ao de há dez anos.
As exportações são possíveis porque os recentes preços externos da soja vêm incentivando o plantio nos últimos anos.
A área destinada à oleaginosa na safra 2013/14 será de 30 milhões de hectares, 39% mais do que em 2003/4.
Área maior e perspectiva de alta na produtividade deverão garantir uma produção de 87,2 milhões de toneladas, na avaliação da Céleres.
Os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam um volume ainda maior, de 90 milhões de toneladas.
Na avaliação da Céleres, a ineficiência da logística brasileira vai comprometer a rentabilidade do produtor. E isso ocorre em um momento de alta dos custos de produção e queda de preços nas negociações na Bolsa de Chicago.
Os preços caem porque, mesmo com demanda aquecida da China, Estados Unidos e América do Sul vão obter boa safra, repondo os estoques, até então baixos.
Fonte: Folha de São Paulo
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