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Gestão ambiental e relação porto-cidade abrem debates do Ecobrasil

A 15ª edição do seminário Ecobrasil destacou a necessidade cada vez maior dos administradores de portos e terminais e da comunidade portuária caminharem rumo a uma relação porto-cidade mais próxima. Os palestrantes destacaram que essa pode ser a solução para melhorar o convívio nesse ambiente e a imagem dos portos para sociedade.

"Vale a pena discutir a relação nesse ambiente e entender que ela não é tão trabalhada quanto lá fora. Essa relação vem sendo construída", disse o gerente de meio ambiente e sustentabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Marcos Maia Porto. Ele comparou que a Europa possui cidades que se formaram em função do comércio exterior e citou Antuérpia, Hamburgo e Roterdã como portos onde a relação porto-cidade já é 'umbilical'.

Maia Porto destacou que hoje 75% a 80% da estrutura dos portos brasileiros já são licenciados. Ele lembrou que no final da década de 1990 nenhuma estrutura portuária pública tinha licença ambiental. O gerente de meio ambiente da Antaq disse que o licenciamento também chama atenção dos empreendedores para questões culturais, além de mudar a relação do porto com a comunidade local. 

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Ecobrasil


O professor Newton Pereira, do Centro de Estudo para Sistemas Sustentáveis da Universidade Federal Fluminense (CESS/UFF), ressaltou que as relações entre portos e cidades costumam ser conflituosas, não só em portos do Brasil, mas em outros países. Ele deu exemplo da Ponta da Praia em Santos, onde o avanço da cidade e a proximidade com o porto contribuem para criação de conflitos.

Pereira acredita que os portos devem ser sustentáveis porque são vetores de integração, desenvolvimento, riqueza e promoção social. "Portos são elo entre as cadeias logísticas que querem cada vez mais ser verdes", analisou. Ele também defendeu as universidades atuando junto aos portos para formação de profissionais qualificados.

O primeiro dia do evento também contou com palestras sobre diversos temas, como os desafios das operações ship-to-ship, soluções costeiras locais sustentáveis, prevenção de ações judiciais por questões ambientais, dragagem e licenciamento ambiental.

O evento teve ainda as apresentações dos três finalistas do segundo Prêmio Portos e Navios de responsabilidade Socioambiental: Porto do Açu, Porto Itapoá e SCPar Porto de Imbituba. Após as exposições, os participantes do seminário preencheram formulários com notas para os projetos. 



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