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GSI volta a fabricar silos no RS e quer triplicar operação

A americana GSI reinaugurou oficialmente ontem a fabricação de silos e equipamentos para armazenagem de grãos em Marau (RS), onde fica a sede da subsidiária brasileira da empresa, já com planos de triplicar as operações no segmento em dois anos. A linha começou a produzir com capacidade para gerar uma receita anual de US$ 35 milhões em dois turnos de trabalho, mas a meta é alcançar, em 24 meses, um volume equivalente a US$ 100 milhões por ano.

Este montante corresponde, em reais, a praticamente toda a receita líquida de R$ 168 milhões projetada para 2011 pela GSI Brasil, quando o segmento de silos para grãos representará 30% das vendas, disse o diretor-presidente da empresa, Sidney Del Gaudio. Neste ano, a maior parte do faturamento ainda virá da linha de equipamentos para confinamento de aves e suínos.

"Agora vamos atrás de contratos para encher a fábrica", afirmou Del Gaudio. Segundo ele, o mercado brasileiro de silos para grãos está "comprador" e se as projeções da GSI se confirmarem serão necessários investimentos adicionais em máquinas e equipamentos. Por enquanto a companhia aplicou R$ 4 milhões no retorno da linha para Marau, depois da malsucedida transferência para Brusque (SC), em 2008.

Conforme o executivo, cerca de 30% da produção deverá ser exportada para países sul-americanos, que vinham sendo atendidos pela matriz americana desde que a produção em Santa Catarina foi desativada, em maio de 2010. A primeira encomenda, um complexo de quatro silos com capacidade de estocagem de 6 mil toneladas cada um para o frigorífico argentino Las Camelias, foi despachado no fim de abril.

A produção em Brusque foi paralisada devido aos elevados custos operacionais e às dúvidas quanto à recuperação da economia após a crise global. Em 2008, quando a linha foi transferida para o Estado vizinho, o então presidente da GSI, Ingo Erhardt disse que a decisão havia levado em conta os incentivos fiscais locais, além da proximidade do porto de Itajaí e de clientes como Bunge e Cargill, mas as expectativas de desempenho não se confirmaram.

A empresa estima que o custo de produção de silos no Rio Grande do Sul será pelo menos 10% inferior do que em Brusque. O ganho será possível graças à eliminação de gastos administrativos, operacionais e logísticos que antes eram duplicados e agora ficarão concentrados no complexo de Marau.

Fonte: Valor Econômico//Sérgio Bueno | De Porto Alegre


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