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Indústria da Amazônia pede mudanças no transporte de carga da região

Projeto que aponta obras necessárias será entregue ao governo Federal dia 15/03, em Brasília 

A Ação Pró-Amazônia, formada pelas Federações de Indústrias dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, entregará ao governo federal, no dia 15 de março, o mais amplo estudo já realizado sobre os gargalos logísticos da região.

Para o evento, que ocorrerá na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília - End.: SBN Q 1 BL C, auditório – foram convidados autoridades dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, além dos ministros dos Transportes, do Planejamento, Orçamento e Gestão, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de Minas e Energia, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e representantes da Secretaria dos Portos.

Realizado em parceria com a CNI, o estudo detalha as obras necessárias para facilitar o transporte de mercadorias na região, reduzindo os custos de escoamento da produção e aumentando a competitividade dos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

Intitulado Norte Competitivo, o trabalho, desenvolvido pela consultoria Macrologística, especializada em projetos de infraestrutura logística, contém um amplo diagnóstico e aponta soluções envolvendo todos os modais de transportes (ferrovias, hidrovias, rodovias, dutovias, portos e aeroportos).

Para obter o levantamento, portos, aeroportos, armazéns, hidrovias, ferrovias, dutovias e rodovias de uma região quase do tamanho da Europa foram mapeados e tiveram suas condições de uso analisadas, com a identificação das obras necessárias. Impacto no meio ambiente, possibilidade de integração regional e potencial de desenvolvimento socioeconômico também foram levados em consideração.

O estudo também contemplou o detalhamento de 16 cadeias produtivas compostas por mais de 50 produtos diferentes que representam 95% da produção da Amazônia Legal e 98% de tudo o que ela exporta/importa.

Todas as cadeias tiveram os seus polos de produção mapeados e os seus fluxos de escoamento levantados, de forma a poder montar uma matriz origem-destino de cada fluxo de produtos da Amazônia Legal. Levantou-se também o custo logístico total para o escoamento destes produtos até a sua região de consumo.

Foram identificados 42 eixos de integração logístico com potencial para melhorar a infraestrutura de transporte da região. Desses, foram selecionados nove considerados prioritários, sendo quatro novos eixos e melhoria em outros cinco eixos já existentes (vide quadro abaixo). “Já que não há verba suficiente para a execução de todas as obras, essa escolha é essencial para que sejam concentrados esforços nos eixos mais eficientes, que geram redução no custo logístico, com previsão rápida de retorno dos investimentos”, explica Olivier Girard, sócio da Macrologística e responsável direto pelo estudo.

Para os nove eixos de integração seria necessário um investimento de R$ 14,1 bilhões, que seriam reembolsados em menos de quatro anos com a economia obtida, de R$ 3,8 bilhões anuais. Em 2008, os gastos totais com logística na Amazônia Legal alcançaram R$ 17 bi e chegarão a R$ 33,5 bi com o volume de produção previsto para 2020.

Entre as obras consideradas mais urgentes, estão melhorias em rodovias como a BR 364 e Belém-Brasília, além da criação da hidrovia Juruena/Tapajós, que reduziria, por exemplo, em cerca de 40% os custos do escoamento da produção agrícola mato-grossense para Xangai, na China.

“Esse dado reforça a necessidade que temos de acordar para a urgência dos investimentos em infraestrutura. Somos um dos países mais competitivos do mundo em diversos produtos. No entanto, basta sair da fábrica ou da fazenda e já começamos a perder competitividade”, afirma Girard.

Fonte: FIEMT






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