Uma das principais apostas dos fundos de pensão para garantir o crescimento nos próximos anos é o setor de infraestrutura, o maior gargalo da economia brasileira. Além do pré-sal, projetos como os da Hidrelétrica de Belo Monte e o Trem de Alta Velocidade (TAV), entraram no radar dos executivos que administram o dinheiro dos trabalhadores.
"As oportunidades estão por toda parte, em energia elétrica, transportes, logística e a cadeia de óleo e gás", afirma o diretor financeiro da Petros, Luís Carlos Afonso.
Segundo ele, o setor elétrico, por exemplo, tem características importantes para os fundos de pensão, que precisam ter uma carteira de investimentos de longo prazo para cumprir as metas atuariais. "Os empreendimentos do setor são de longo prazo e risco baixo. Depois de fazer os aportes iniciais, o investimento se torna uma renda fixa", comenta.
Sobre Belo Monte, ele afirma que a Petros está em período de discussões com alguns parceiros. Mesma situação é descrita pelo diretor de Investimentos da Funcef, Demósthenes Marques. Ele afirma, no entanto, que uma participação no empreendimento apenas poderá ser definida depois que o edital for publicado.
"Só saberemos se o projeto é arriscado ou não depois que sair as regras do jogo, como a definição do preço e total de investimento. De qualquer forma, Belo Monte é uma obra mais complexa que as demais."
Eles dizem que há possibilidade de os fundos investirem também em obras relacionadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas. A participação ocorreria por meio da Invepar, empresa de infraestrutura formada pelos fundos Previ, Petros, Funcef e pela construtora OAS. A companhia já tem participação em concessões rodoviárias (Raposo Tavares, em São Paulo) e metroviária (Metrô do Rio). Renée Pereira)
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