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Investidor se anima com liberação dos estudos dos novos arrendamentos em Santos e no Pará, mas prevê atrasos

Investidores celebraram a liberação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) dos estudos dos novos arrendamentos portuários em Santos e no Pará. Mas, como os levantamentos terão de ser adaptados, passado mais de um ano e meio do envio ao Tribunal de Contas, eles anteveem mais atrasos no lançamento dos editais.

Além disso, a indefinição quanto ao modelo de transferência do ativo - menor preço/maior movimentação, como originalmente o governo queria, ou o pagamento de outorga onerosa, corrente defendida por outros setores do governo, ainda os faz manter a cautela.

"Só de destravar já é um ganho importante, volta a movimentar o setor", diz Roberto Lopes, diretor de Investimento da LOGZ, empresa controlada por fundos da gestora BRZ (criada pela GP Investments). "O ponto agora é entender como vão sair esses editais e o quanto eles são aderentes ao novo cenário no país. Muita coisa mudou desde então", pondera o executivo.

"A projeção de demanda de carga, mantido o cenário atual, infelizmente caiu. E a composição dos custos mudou drasticamente para mais", afirma o diretor da LOGZ.

Nesse primeiro bloco de arrendamentos, o olhar da empresa está bastante voltado ao segmento de grãos, especialmente - mas não apenas - para o porto fluvial de Vila do Conde (PA).

A ideia é ter um possível novo terminal arrendado em porto público próximo ao terminal privado que a LOGZ está densenvolvendo em sociedade com a Odebrecht TransPort, também para grãos e no Pará. Segundo Lopes, a empresa considera uma estratégia interessante ter duas opções de saída.

"O mais importante é que o primeiro bloco destrave todo o processo. Saiu o bloco 1, o que queremos é que saiam os demais rapidamente", diz o diretor superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten. "Em todos os blocos há portos em que temos interesse", afirma Arten.

A APM Terminals, empresa do grupo dinamarquês Maersk, é uma das maiores operadores mundiais de terminais de contêineres. Destacou quase R$ 2 bilhões para investir em novos ativos portuários no Brasil - a empresa já tem três arrendamentos aqui, em Santos, Itajaí (SC) e Pecém (CE).

O montante corresponde a uma expectativa de que os editais fossem liberados mais cedo. Segundo Arten, quanto mais tempo o processo demorar, maior o risco de o dinheiro ser realocado em outros locais do mundo. Por enquanto, contudo, não há esse direcionamento.

Apesar de o negócio da empresa ser concentrado em terminais de contêineres, o interesse da APM Terminals nesse primeiro bloco está mais voltado para instalações que movimentarão grãos, no Pará. A estratégia da empresa para 2020 é desenvolver tanto terminais de contêineres como multipropósito.

A Santos Brasil, maior operadora brasileira de terminais de contêineres, também mantém o radar ligado, mas aguarda a liberação dos editais. "Vamos estudar todos os projetos relacionados a contêineres, em qualquer bloco", diz o presidente da companhia, Antônio Carlos Sepúlveda.

As tradings disseram que ainda não é possível saber se o governo mudará o conceito dos terminais portuários ou o critério de máxima capacidade de movimentação para outorga onerosa, como era anteriormente no caso dos terminais específicos para grãos. Todas, no entanto, continuam mostrando forte interesse em disputar os lotes do primeiro bloco.

O VDC 29 - terminal portuário de Vila do Conde, no município de Barcarena, no Pará - é o mais cobiçado por ser considerado privilegiado do ponto de vista logístico.

Em Barcarena é possível subir a carga pelo rio Tapajós, o que diminui significativamente o tempo de viagem e o custo de frete em relação aos portos do Sul e Sudeste. (Colaborou Bettina Barros, de São Paulo)

(Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | De Santos)






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