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Leilões de terminais no ES e PB arrecadam R$ 219,5 mi

O leilão de arrendamento de quatro áreas portuárias – três em Cabedelo (PB) e uma em Vitória (ES) – vai render ao Governo Federal R$ 219,5 milhões. Além disso, o investimento previsto nas três áreas deve somar R$ 200 milhões nos próximos 25 anos, durante o período de concessão.

O consórcio Navegantes Logística arrematou a área VIX 30, no Porto de Vitória, por R$ 165 milhões. Já o Consórcio Nordeste levou as três áreas do Porto de Cabedelo (PB) por R$ 54,5 milhões. 


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Os quatro terminais portuário foram adquiridos pelos mesmos grupos econômicos, tendo em vista que foram arrematados por consórcios formados pelos mesmos sócios: Raízen, BR Distribuidora e Ipiranga. 

“São mais quatro ativos, que agora passam para a iniciativa privada. Isso vai trazer mais investimentos, que é o nosso grande objetivo. Tivemos disputa intensa no terminal de Cabedelo e um bom resultado no terminal de Vitória. Isso mostra que estamos seguindo firmes no cumprimento de metas de entregar uma série de ativos para a gestão da iniciativa privada antes dos 100 dias de governo”, avaliou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. 

Segundo ele, a disputa reafirma a confiança dos investidores na condução da política econômica do atual governo. “Há grande otimismo do mercado, o resultado dos leilões comprova isso”, disse. “Saímos entusiasmados, daqui a duas semanas tem mais”, completou, referindo-se ao leilão de arrendamentos portuários nos portos de Belém e Vila do Conde (PA).

Apenas um oponente compareceu ao leilão e disputou dois dos terminais no Porto de Cabedelo, sem sucesso: o Terminal de Armazenagem da Paraíba Limitada (Teapa). “Terminais portuários têm uma característica própria... Não esperávamos grande quantidade de players”, comentou o ministro.

Outorgas

Embora o governo tenha arrecadado muito mais do que o inicialmente estimado, tendo em vista que os valores iniciais de outorga era de R$ 1,00 por terminal, Freitas disse: “Ágio não é nosso objetivo, não é para auferir outorga, mas para impulsionar a logística.”

O secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Infraestrutura, Diogo Piloni, o resultado foi altamente positivo para o setor. 

“Isso mostra que o governo está no caminho certo, dando segurança jurídica e previsibilidade aos investidores interessados nos nossos ativos”, comemorou.

Os leilões realizados na sexta-feira (22) devem impulsionar a logística de distribuição de combustíveis no País. Esta é a expectativa do secretário Nacional dos Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Infraestrutura, Diogo Piloni.

Para o executivo, os arrendamentos vão proporcionar o aumento de capacidade, principalmente em Vitória (ES). “Ter o sucesso que tivemos nos deixa feliz, porque essa é uma região que sofre inclusive com desabastecimento”, disse. 

O terminal VIX-30, no porto de Vitória, é um projeto greenfiled, uma área nova, ainda sem estrutura física. O consórcio Navegantes Logística, formado por Raízen, Ipiranga e BR Distribuidora, terá que investir R$ 128 milhões na área de 74 mil metros quadrados, que é dedicada à movimentação de granéis líquidos combustíveis. Além disso, pagará um aluguel mensal pelo uso da área no valor de R$ 53.933,54 e mais R$ 4,05 por tonelada movimentada.

Com os investimentos a serem realizados, a capacidade de movimentação será ampliada em 1,7 milhão toneladas por ano no porto capixaba. Atualmente, a capacidade anual é de 2,55 milhões de toneladas. Assim, o terminal passará a movimentar um total de 4,25 milhões de toneladas anualmente.

Já as áreas AI-01, AE-10, AE-11, em Cabedelo (PB), foram arrematadas pelo consórcio Nordeste por R$ 54,5 milhões. A AI-01 tem 18.275 metros quadrados de extensão e será exigido, por contrato, um mínimo de 19 mil toneladas de capacidade de armazenagem. Pelo uso da área, o consórcio pagará aluguel mensal de R$ 44,9 milhões e R$ 8,29 por tonelada movimentada. 

A AE-10 tem 18.344 metros quadrados e os investimentos serão de R$ 36,5 milhões no atendimento da capacidade estática de armazenagem em tanques de aço de carbono de telhado fixo (sem fundação) e de uma estação de descarga e de carregamento. O vencedor pagará um aluguel fixo mensal pelo uso da área no valor de R$ 6,5 mil e mais R$ 1,84 por tonelada movimentada.

A terceira área, AE-11, tem 20.465 metros quadrados e apresenta capacidade estática de 12.962 metros quadrados, com previsão de aumento para 31.288 metros quadrados. Os investimentos serão de R$ 35 milhões em tanques de aço-carbono de telhado fixo, uma estação de descarga e uma estação de carregamento.

Neste caso, o consórcio pagará R$ 7,2 mil mensais de aluguel e mais R$ 1,84 por tonelada movimentada

Fonte: A Tribuna






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