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Petrobras, Mitsui e governo estadual assinam memorando para novo plano de terminal de gás no RS

Com a oferta de gás natural próxima do limite, o Estado terá nova tentativa para permitir a construção de um terminal de regaseificação, que ampliaria a oferta do combustível para indústrias e a geração de energia. Outra vez capitaneado pela Petrobras, o projeto tem como parceira o grupo japonês Mitsui.

As duas empresas e o governo gaúcho assinaram nesta terça-feira memorando de entendimento para os estudos de viabilidade técnica e econômica. O trabalho, previsto para durar 12 meses, deve ainda apontar a localização do empreendimento. Além de Rio Grande e Tramandaí, a Capital seria candidata. Tanto o investimento quanto a capacidade do terminal só serão definidos com a conclusão do estudo.


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O novo projeto surge para substituir a tentativa frustrada anunciada em 2012 de um terminal associado a uma fábrica de fertilizantes, que além da Petrobras teria a participação da Hyundai e da Samsung. O preço da matéria-prima tornou a ideia anterior inviável, diz José Alcides Santoro Martins, diretor de gás e energia da estatal. O trunfo agora é que a Mitsui atua na produção, regaseificação e transporte de gás, observa Martins:

– A situação é outra. A Mitsui tem interesse em trazer o gás para o Brasil e de participar da construção do terminal de regaseificação. Será a fornecedora do gás.

O estudo deve definir que tipo de projeto poderá ser a âncora do terminal. As possibilidades são uma termelétrica ou uma indústria. O projeto poderia ainda ofertar mais gás para Santa Catarina e Paraná.

– Há uma demanda crescente de gás natural no sul do Brasil – lembrou o diretor presidente da Mitsui Gás e Energia, Tatsuhiro Sato.

Para o governador Tarso Genro, o empreendimento é necessário para aumentar a oferta de energia. O Gasoduto Bolívia-Brasil, que abastece o Estado, só não estourou o limite porque a termelétrica Sepé Tiaraju, ao lado da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, está hoje operando com óleo, lembra Ivan De Pellegrin, presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI). Mesmo assim, a oferta de 2,7 milhões de metros cúbicos por dia deve ser toda tomada até o próximo ano.

O que é a regaseificação
O gás natural, como diz o nome, é encontrado na natureza em estado gasoso. É um combustível importante, mas difícil de transportar. Uma das poucas formas de levar de um local para outro é por grandes tubos subterrâneos, os gasodutos. Uma opção é transformar o gás em líquido, usando baixa temperatura e muita pressão, o que reduz o volume em 600 vezes. O que se obtém é o gás natural liquefeito (GNL). O terminal de regaseificação serve para fazer a operação contrária: devolver o gás liquefeito ao estado gasoso.

Desde 2008 já houve diversas tentativas de tornar viável um projeto de terminal de regaseificação no Estado

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O primeiro projeto de um terminal de regaseificação no Estado foi apresentado em 2008 pela empresa gaúcha Gas Energy. Seria em Rio Grande. O projeto custaria US$ 1,25 bilhão e seria associado a uma termelétrica que consumiria boa parte do gás

2
Sem conseguir se viabilizar, em 2010 o projeto da Gas Energy é vendido ao grupo Bolognesi. A ideia era participar de leilão do governo federal para comercializar a energia da usina térmica e, assim, tornar possível a construção do terminal. Até agora, sem sucesso.

3
O terceiro terminal a ser construído pela Petrobras, disputado por Rio Grande do Sul e por Santa Catarina, acabou sendo anunciado na Bahia em 2011. O projeto recebeu investimento de R$ 1 bilhão e foi inaugurado no início deste ano.

4
Em 2012, Petrobras, Samsung e Hyundai anunciaram um estudo para a construção de novo terminal que seria conectado a uma fábrica de fertilizantes. Apenas ontem a Petrobras admitiu que o preço do gás à época tornou o projeto inviável.

5
A Petrobras anunciou nesta terça que está se associando à japonesa Mitsui para desenvolver um novo projeto para o Rio Grande do Sul. Tamanho do investimento, localização e capacidade só serão definidos dentro do prazo de 12 meses.

Fonte:ZERO HORA 






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