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Mineradora investe em porto em Linhares

A mineradora Manabi deve anunciar na próxima segunda-feira a construção do Porto Norte Capixaba, em Linhares. O protocolo de intenções está pronto e será assinado no Palácio Anchieta. O documento, entre outras solicitações, pede apoio na obtenção de licenças, na qualificação da mão de obra, nas tratativas junto à Sudene, incentivos fiscais e melhor infraestrutura do entorno. Trata-se do 11º projeto de porto em andamento no Estado.

Idealizada por ex-executivos da Vale e do grupo de Eike Batista, a Manabi, ainda em fase pré-operacional, escoará pelo terminal linharense a produção de duas minas de ferro, uma em Morro do Pilar e outra em Morro Escuro, ambas em Minas Gerais. O investimento  beira os US$ 4 bilhões. A expectativa é de que a operação seja iniciada em 2016. Uma expansão futura já está projetada.

Investimentos no Norte

Além do complexo portuário, o projeto da Manabi inclui mineroduto e ramal ferroviário ligando Linhares a Colatina, por onde passa a Vitória-Minas. Outra possibilidade é de que a ligação entre a mina e o porto seja feita por um mineroduto de 503 quilômetros.

O porto, em sua primeira fase, terá 21 berços de atracação, incluindo aí os terminais de minério de ferro, de suprimento de plataformas de petróleo, de grãos, de carvão, de fertilizantes, de grãos e de líquidos. O projeto inclui a construção de dois estaleiros, com sete berços e dois diques secos.

Os terminais de minério de ferro, carvão, fertilizantes, grãos e líquidos ficarão a 3 quilômetros da costa, ligados por duas pontes de acesso, uma exclusiva para minério de ferro e outra para cargas diversas. A profundidade do canal de acesso será de 19 metros. Os terminais de suprimento e os estaleiros ficarão num canal interno de navegação, com 10 metros de profundidade.

O complexo terá capacidade para armazenar 2,5 milhões de toneladas de minério, 250 mil toneladas de carvão, 240 mil toneladas de grãos, 180 mil toneladas de fertilizantes e 480 mil metros cúbicos de líquidos.

O anúncio oficial ainda não saiu, mas o projeto da Manabi em Linhares já foi, por mais de uma vez, citado publicamente pelo governador Renato Casagrande. Na semana passada, em Singapura, Casagrande, em conversa com executivos do porto local, citou o porto da Manabi ao sugerir parcerias no Estado aos singapurianos. “No Norte do Estado, em Linhares, a Manabi tem um projeto para porto específico, mas com possibilidade de abrir também para multiuso”.

A Manabi, por meio de sua assessoria de imprensa, informou estar em período de silêncio. Em abril, a empresa deu entrada na Bovespa com seu processo de IPO - sigla em inglês de oferta pública inicial -, aprovado no último dia 17 de maio.

Empresa criada por ex-executivos da Vale

A Manabi foi criada em março de 2011, por Ricardo Antunes Carneiro Neto, que trabalhou 22 anos na Vale e foi cofundador da LLX e da MMX, ambas de Eike Batista. Em junho do ano passado, a mineradora levantou R$ 759 milhões em uma oferta privada de ações feita nos Estados Unidos, que permitiu a entrada de estrangeiros na sociedade, predominantemente canadenses.

Para sustentar o investimento que quer fazer nos próximos anos, a Manabi planeja fazer uma oferta inicial de ações (IPO) ao mesmo tempo no Brasil, Estados Unidos e Canadá. A operação será inteiramente primária. Na parte brasileira da operação, a empresa se listará no Novo Mercado e emitirá também ADRs para investidores americanos. Já na parte canadense, emitirá recibos globais de ações (GDRs).

O projeto da Manabi, no Quadrilátero Ferrífero de Minas, tem nos seus estudos preliminares de viabilidade, conforme o prospecto, jazidas que abrigam, juntas, 1,5 bilhão de toneladas de recursos inferidos e cerca de 2 bilhões em potencial exploratório.

A expectativa é de que as minas comecem a operar até o fim de 2016, com produção estimada de 31 milhões de toneladas por ano. A qualidade do minério, diz, é elevada, com teor de ferro de 68,5% – a título de comparação, o minério da Vale, considerado premium e negociado com ágio em relação à média, tem um teor de ferro de 66%. A Manabi almeja justamente o mercado premium.

Fonte: A Gazeta (ES) Vitória/Abdo Filho






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