A aprovação da incorporação da PortX, de operações portuárias, pela controladora MMX Mineração e Metálicos será definida nos próximos dias ou pela modificação do quórum exigido em assembleia ou pela decisão do controlador de votar na operação.
Nas duas primeiras convocações não houve o quórum suficiente, de 50% das ações em bolsa, para aprovar a medida. Apenas 0,9% do capital da PortX está no mercado - em 2011, a MMX iniciou uma reestruturação societária e fez uma oferta pelas ações da empresa na bolsa. Entre essa pequena fatia remanescente, apenas dois acionistas, Mauá Sekular e Nest, compareceram às assembleias. Juntos, eles têm 20% do total na bolsa, porcentual insuficiente para garantir o quórum e, nas duas primeiras convocações, a MMX se absteve de votar.
Para que na terceira convocacão haja um desfecho, existem dois caminhos prováveis. Ou a MMX solicita à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dispensa de atingir o quórum mínimo. Ou a MMX vota na assembleia pelo menos para garantir a sua instalação.
Procurada pelo Valor, a MMX afirmou que estuda "as várias possibilidades para concluir, da forma célere, a incorporação da PortX nos próximos dias. A dispensa do quórum mínimo exigido para aprovação da matéria é um dos caminhos possíveis."
Se pedir a dispensa de quórum e apenas Mauá e Nest votarem, deverão aprovar a relação de troca que propuseram na primeira convocação - de que seja entregue 0,5042 ação da MMX para cada uma ação da PortX. A relação é baseada em média recente de 40 pregões do papel na bolsa. A MMX, no entanto, a partir de um laudo de avaliação e de discussões realizadas pelo comitê especial, propôs emitir 0,1954 ação da MMX para cada ação da PortX. Se a MMX votar na assembleia, poderá aprovar essa relação ou votar com os minoritários, usando seus papéis apenas para garantir a instalação da reunião.
Fonte: Valor EconômicoAna Paula Ragazzi | De São Paulo
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