Antes do terminal em Itaguaí (RJ), porta-contêineres classe New Panamax escalou terminais portuários em Santos, Suape e de Salvador
O Sepetiba Tecon (RJ) recebeu, na última segunda-feira (12), o porta-contêineres MSC Orion, classe New Panamax. A administração do terminal considera que a operação foi um marco por ter sido o primeiro terminal no estado do Rio de Janeiro a receber um navio desse porte. A empresa também destacou a capacidade de seu terminal de operar a embarcação com um calado de até 15,40 metros. Construído em 2020, o MSC Orion possui 366m de comprimento, 51m de boca e uma capacidade de carregamento de 15 mil TEUs e de 158,1 mil toneladas. O comprimento desse conteineiro equivale a quase 10 vezes a altura do monumento do Cristo Redentor.
O Sepetiba Tecon investiu na melhoria e ampliação de sua infraestrutura para receber navios de maior porte. A empresa citou, entre as obras concretizadas, a dragagem e as alterações na sinalização náutica nas áreas de manobras, na bacia de evolução e nos berços do terminal. Também foram realizadas simulações de manobras com a participação da praticagem do Rio de Janeiro, no Maritime Institute of Technology and Graduate Studies – MITAGS, nos Estados Unidos, e estabelecidos parâmetros rígidos ambientais para serem seguidos a cada atracação.
Para o diretor-presidente do Sepetiba Tecon, Pedro Brito, a atracação deste navio consolida a posição do Sepetiba Tecon como um dos mais importantes terminais de contêineres do país e como ponto de conexão aos demais portos da costa brasileira. Ele acrescentou que o terminal foi o primeiro a ter capacidade para atender embarcações com calado de 15,40m, o maior da costa leste da América do Sul, e um dos pioneiros do Brasil a obter autorização para receber navios New Panamax. “Essa atracação foi um marco para o terminal e para o Rio de Janeiro. Estamos confiantes de que essa conquista trará ainda mais desenvolvimento econômico para a região e para o comércio exterior do estado”, afirmou Brito.
A avaliação do Sepetiba Tecon é que, nos últimos anos, os armadores têm optado cada vez mais por essa configuração de navios devido à necessidade de maximizar a eficiência e a capacidade de carga, uma vez que essas embarcações foram projetadas para tirar proveito das dimensões ampliadas do Canal do Panamá após sua expansão em 2016.
Uma das vantagens é que esses navios permitem uma economia de escala significativa, reduzindo os custos operacionais por unidade de carga transportada. Além disso, eles são considerados mais eficientes em termos de consumo de combustível e utilizam tecnologias que contribuem para menores emissões de poluentes, alinhando-se às demandas por sustentabilidade no setor marítimo. Antes de Itaguaí, o navio da MSC escalou terminais portuários em Santos (SP), Suape (PE) e Salvador (BA).
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