BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse nesta quinta-feira que qualquer tentativa de modificação no atual texto da MP do Portos representa uma ruptura do entendimento construído na comissão mista que analisou a proposta.
Segundo Braga, o relatório aprovado pelo colegiado em 24 de maio – que inclui alterações que não têm o aval do Planalto - foi “amplamente negociado” com o governo, trabalhadores e empresários.
Ruy Baron/Valor
“Aquele texto representa senão o ideal, o possível. Mais do que aquilo, é ruptura, como vocês assistiram ontem, como a nação brasileira assistiu ontem na Câmara. Mais do que aquilo significa ruptura. E ruptura não interessa ao Brasil, ao povo brasileiro, ao trabalhador, à economia”, afirmou.
A sessão de ontem para votar a MP dos Portos foi suspensa após o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), acusar o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), de tentar aprovar uma emenda que atenderia a interesses econômicos escusos.
Eduardo Braga negou falta de articulação entre o Planalto e o Congresso na votação. Para o líder do governo, o impasse decorre dos diversos “interesses econômicos e privados” que envolvem a matéria. Para Braga, o apelo público feito pela presidente Dilma Rousseff pedindo a aprovação da MP pode sensibilizar os parlamentares.
Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) convocou sessão na segunda-feira para votar a MP – que ainda precisa ser referendada pelos senadores. Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai “fazer o que for possível” para garantir a aprovação na Casa até a próxima quinta-feira, quando a MP perde a validade.
Fonte: Valor Econômico/Yvna Sousa
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